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Opinião

A presidente Dilma diz que consumo de cocaína dobrou porque a renda dos pobres aumentou

11 abril 2014 - 00h00Valdeci Martins
Antes mesmo de começarmos a entender o que a nossa presidente está querendo dizer, vamos pensar o seguinte: Será que o consumo desenfreado não é uma estratégia de diminuir os usuários de drogas? Vamos pensar em uníssono: quanto mais consome mais cedo vai para outro plano, novo método para combater o tráfico, aumenta o consumo para depois diminuir os usuários e consequentemente as vendas.

Vamos agora, colocar em perspectiva outra situação; Todo viciado em cocaína bebe cerveja, salvo as exceções, a bebida alcoólica é o principal componente para o consumo da cocaína, o estimulante para o uso, agora vamos associar o consumo de álcool a cocaína, no ano de 2013 a AMBEV foi a maior empresa de valor de mercado ultrapassou a Petrobras, no Brasil cerveja da mais dinheiro que petróleo, está evidente que a publicidade exacerbada, em horário nobre, o relacionamento de droga a esporte, Cerveja a futebol banaliza o consumo inserindo mais pessoas ao uso de drogas ilícitas.

O número de consumidores de cocaína está intimamente ligado ao número de consumidores de crack, o viciado só fuma crack porque acabou o dinheiro para comprar cerveja e cocaína, o vício do crack é o último estagio de um viciado e o consumo do álcool o primeiro.

Se colocarmos as mesmas políticas que foram aplicadas ao cigarro, leis ante tabaco, o número de alcoólatras, viciados em crack e cocaína reduziriam drasticamente assim como aconteceu para o cigarro.

Veja que o número de viciados em cocaína vem diminuindo a um nível global com a deterioração da economia as pessoas passam a migrar para as drogas mais baratas, então para o consumo de cocaína subir no Brasil há um reflexo no número de consumidores de crack que está bem evidente nos noticiários, a população de viciado em crack que cresceu exponencialmente nos últimos anos, essa ideia de que o poder aquisitivo aumentou o uso de viciados em cocaína é uma falácia, a verdade é que essa política de inserção a droga pelo entretenimento regado a álcool promovido pela mídia aumentou o número de consumidores de drogas ilícitas, tanto é que a AMBEV se tornou a maior empresa de valor de mercado brasileira batendo recorde um atrás do outro, enquanto outros seguimentos de nosso mercado de capitais que não acompanhou tal valorização.

Conclui-se com as palavras da presidente, é que em razão do crescimento da renda dos mais pobres, que “agora, além de consumirem produtos de primeira necessidade, também podem se dar ao luxo de consumir coisas supérfluas.”

A presidente esclareceu que “não significa que eu apoie o consumo de cocaína, mas vejamos pelo lado positivo. Se a economia estivesse indo mal, jamais seríamos um dos maiores consumidores de cocaína do mundo.”

Esta é uma declaração das mais absurdas que uma Presidente de um País pode fazer para uma sociedade, que conhece a destruição que as drogas causam á uma família e para o próprio viciado. Afirmar que o aumento renda permite a utilização de supérfluos e que se não fosse por este motivo, em 10 anos, não estaríamos figurando como um dos grandes consumidores de cocaína. Ora, este tipo de figuração e imagem não nos engrandece em nada no panorama internacional. Falta-lhe afirmar, que estamos muito bem obrigado, caso o numero de viciados em crack triplique e se transformem em uma nação de zumbis rondando pelo grandes centros. Uma ignomínia sem par.

Valdeci Martins - membro da União Brasileira dos Escritores - UBE/MS. E-mail: [email protected]

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