Um homem foi preso em Anaurilândia, a 330 km de Campo Grande, após a Polícia Civil descobrir que ele teria tentado matar a própria esposa. O caso, registrado no contexto de violência doméstica, começou a ser investigado a partir de denúncias anônimas sobre posse irregular de arma de fogo pelo suspeito.
Durante as diligências, realizadas na última quarta-feira (17), o homem foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso permitido e crime ambiental, após apreensão de armamentos, munições e animais silvestres mantidos ilegalmente em cativeiro. Ele obteve liberdade provisória na audiência de custódia realizada no dia seguinte.
Pouco depois, no entanto, foi novamente preso por mandado de prisão preventiva expedido pelo Poder Judiciário, após a investigação revelar provas de tentativa de feminicídio. De acordo com a Polícia Civil, no dia 23 de novembro, por volta das 0h35, o suspeito teria atirado contra a vítima, que conseguiu escapar ao se abaixar e correr. Um vídeo juntado ao processo mostra o disparo e a mulher afirmando: “me deu um tiro” e “ele atirou em mim”.
Testemunhas confirmaram o relato da vítima, enquanto o suspeito demonstrou frieza e afirmou a uma delas que teria errado o disparo. A investigação apontou intenção homicida, o que motivou a prisão preventiva.
A Polícia Civil, em parceria com a assistência social de Anaurilândia, tem atuado para garantir atendimento especializado à vítima, por meio da Sala Lilás. O serviço oferece acolhimento, orientação, encaminhamento à rede de proteção, transporte para local seguro e acompanhamento psicossocial, além de suporte para acesso a medidas legais de proteção.
A corporação reforça que mulheres em situação de violência doméstica devem procurar a delegacia, onde recebem apoio institucional e atendimento especializado, sendo a denúncia essencial para romper o ciclo de violência.
O delegado Anderson Guedes de Farias, responsável pela investigação, destaca que casos como este revelam a complexidade das relações marcadas por dependência emocional e pelo ciclo da violência, com fases de tensão, agressão e falsas reconciliações. Segundo ele, romper esse padrão exige resposta rápida do Estado, apoio psicossocial contínuo e políticas públicas eficazes para garantir segurança e autonomia às vítimas.
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