Em meio aos bloqueios realizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em rodovias de Mato Grosso do Sul, o governador Eduardo Riedel (PSDB) declarou nesta quarta-feira (30) que não aceitará invasões de propriedades privadas no estado. A afirmação foi feita durante evento de lançamento da plataforma MS Qualifica Digital, em Campo Grande.
Durante sua fala, o governador se referiu ao bloqueio da BR-163, uma das principais rodovias de MS, que ficou interditada por várias horas, provocando congestionamento e prejuízos a motoristas e transportadores.
“É inaceitável hoje ter uma rodovia federal com 10 quilômetros de engarrafamento, carga parada, gente parada, aluno parado, ambulância parada. Isso nós não vamos permitir. Invasão de propriedade privada, nós não vamos permitir”, afirmou.
Riedel destacou que a responsabilidade pela condução da reforma agrária é do governo federal, por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), e reforçou que o Estado está disposto a ajudar no diálogo, mas não aceita ações que prejudiquem a população.
“Existe área disponível, existe gente na fila para acessar a reforma agrária. Quando o presidente Lula assumiu, eram pouco mais de 2 mil famílias cadastradas no Incra. Hoje são 13 mil. Se o movimento não está conseguindo conversar com o governo federal, deve buscar outros caminhos para provocar esse diálogo”, disse.
O governador também explicou que a ação de desobstrução da BR-163 foi realizada em apoio à Polícia Rodoviária Federal (PRF), que solicitou o auxílio do governo estadual. “A rodovia é federal. O governo do estado não pode agir por conta própria. A PRF nos pediu apoio e, por isso, estamos ajudando na operação”, esclareceu.
Apesar das críticas ao bloqueio, Riedel reiterou que está aberto a colaborar com articulações que promovam o diálogo. “Podemos ser parceiros, ajudar, se tiver qualquer articulação que a gente possa fazer, nós vamos fazer. Mas a maneira pela qual essa instituição utiliza para dialogar com o governo federal, nós não vamos aceitar, porque a sociedade não aceita mais”, completou.
‘Abril Vermelho’: MST prepara ocupações
As ações do MST fazem parte do chamado “Abril Vermelho”, jornada anual de mobilização do movimento. O objetivo é pressionar o governo federal por avanços na reforma agrária, considerada insuficiente pelos militantes, e reforçar a defesa de um modelo de produção agrícola que se contrapõe ao agronegócio e busca garantir alimentos para a população.
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