Uma “denúncia”, publicada ontem (26), em órgão da mídia local afirmando que existe um pedido de delação de um acusado contra o deputado Beto Pereira, foi feita de forma estranha e pouco clara, vinda por um caminho que abre a possibilidade de ser apenas um mero “factoide” eleitoral.
Documento obtido pelo JD1 mostra que a solicitação se prende prioritariamente a junção de dois processos, cujo réu David Chita quer que sejam juntados e tramitem na comarca de Rio Negro. Além disso, o acusado pede para conversar com o promotor.
A negociação para uma “delação” foi citada em um único momento, mas muito mais como narrativa que de forma objetiva. A ”colaboração premiada” pode ser tratada como mais uma das que pululam nas retas finais de campanhas políticas.
Um criminalista ouvido pelo JD1 acredita que tentou se criar um "factoide" através do ofício enviado ao MP, pois a eventual conversa entre a parte e o órgão "pode produzir inúmeras linhas de diálogo ou pedido", algo que demora, e a "eleição já terá acabado".
Falou-se, inclusive, que “estaria sendo tratado com cuidado pelo MP", mas isto não bate com o apresentado documentalmente, que não cita nada objetivamente e, portanto, pode inclusive não se materializar.
A delação solicitada em praça pública e com cópia para a Internet causou estranheza no MP, segundo vozes da entidade, por contrariar todos os ditames legais e estar possivelmente atrelada a interesses eleitorais. A peça não cita um único fato grave sequer para um pedido como esse, o que é de conhecimento de qualquer advogado e que não foi cumprido.
O aparecimento de um expediente com poder de influenciar politicamente um pleito prestes a acontecer acelerou toda sorte de suspeitas de que a tramitação no MP pode estar sendo usada para gerar dúvidas contra uma das candidaturas, notadamente contra o PSDB.
Leia o documento:





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Beto Pereira, candidato à prefeitura pelo PSDB (Foto: Diego Munhoz/JD1)




