O ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que em agosto deve anunciar sua mudança partidária ao PL, comentou sobre o fortalecimento do centro-direita, com chapas robustas no Legislativo, e inclusive podendo contar com a candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Vamos ver em julho do ano que vem quando ocorrem as convenções, muita coisa pode acontecer”, lembrou.
Apesar de divergências dentro do partido, quanto à ida de Reinaldo para o PL, o ex-governador lembrou, em entrevista à Tribuna Livre, que em 2018 o então PSL esteve coligado com seu projeto de reeleição e em 2022 com o projeto de eleição do Riedel, destacando que eventuais críticas para 2026 não se sustentam, pois as ideologias sempre andaram juntas.
A mudança de Reinaldo ocorre depois de mais de 30 anos de PSDB. “Tudo tem prazo de validade, estamos no processo de mudança partidária. Eu fui convidado desde o ano passado pelo presidente Jair Bolsonaro, Waldemar Costa Neto, Rogerio Marinho, líderes do Senado e da Câmara para que eu pudesse entrar no PL e fortalecer o partido em MS. Estamos entre 95% e 99% já definidos para ir ao Partido Liberal. Quero somar e multiplicar, não subtrair e dividir”.
Reinaldo vê oportunidade de montar chapas competitivas para fortalecer o centro-direita para 2026 no comando do PL. “Hoje temos dois federais, podemos fazer três ou quatro, e de três estaduais podemos fazer seis ou sete, é possível fortalecer o partido”, argumentou. Ainda segundo ele, a expectativa é fazer dois senadores. “Temos que estabelecer de novo no Brasil algumas diretrizes que estão sendo usurpadas no Poder Judiciário”.
Questionado se a candidatura ao Senado poderia ser a sua, Reinaldo não confirmou, mas disse que está pronto caso o ‘grupo’ precise.
O fortalecimento também visa, conforme Reinaldo, enfrentamento à usurpação dos poderes. "O Legislativo e Executivo demandam da vontade do povo, o judiciário está usurpando do Poder. O Marco Temporal foi um exemplo disso. O Congresso votou uma lei, o presidente vetou, o Congresso derrubou o veto e o judiciário chamou para uma mesa de negociação, mas não tem legitimidade [...]Temos um projeto, se o Bolsonaro puder ser candidato, ele é o nosso candidato e acho que ele está sendo extremamente injustiçado, então fazer essa defesa, mas só vamos ver em julho do ano que vem, quando tem as convenções, muita coisa pode acontecer. O presidente tem uma denuncia, não está condenado", defendeu.
Com maior representação no Congresso Nacional, Reinaldo espera fazer defender o "cada um no seu quadrado". "Vamos fazer um projeto de centro-direita, e vamos construir isso conjuntamente, eu respeito a extrema direita, mas vamos discutir isso no tabuleiro da política".
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Reinaldo Azambuja, ex-governador (Tribuna Livre)




