A ação civil, apresentada à 2ª Vara Cível, também pede o afastamento de secretários municipais. Conforme a denúncia, contrato entre a prefeitura de Aquidauana e uma agência de publicidade, localizada em Campo Grande, causou prejuízo de R$ 3 milhões aos cofres públicos.
Segundo o MPE, “há provas dando conta que referida empresa, através de “caixa 2”, contribuiu com R$ 70 mil para a campanha política do então candidato a prefeito Fauzi Suleiman, tendo como contrapartida a promessa do candidato de contratá-la caso ganhasse as eleições”.
Ainda segundo a denúncia, a prefeitura de Aquidauana abriu licitação para contratar empresa de publicidade. O processo atraiu quatro empresas, com vitória da empresa privilegiada.
“As provas demonstram que o processo licitatório foi fraudado desde o início, sendo que todos os esforços feitos pela comissão de licitação, sob orientação do Dr. Péricles Garcia Santos e supervisão do Dr. Douglas de Figueiredo, foi direcionado para beneficiar referida empresa”, sustenta, em nota, o promotor José Maurício de Albuquerque.
Além do prefeito, foram denunciados Paulo César Rodrigues dos Reis (secretário de Saúde), Paulo Sérgio Goulart (secretário de Finanças), Luiza Eliete Flores Louveira da Cunha (secretária de Educação), André Beda (procurador jurídico), Eutiques Julio Savieto (funcionário da prefeitura), Edy Souza Vieira (funcionário da prefeitura) e Douglas Melo Figueiredo, que prestava assessoria jurídica à prefeitura de Aquidauana e é atual prefeito de Anastácio.
O MPE abriu 40 inquéritos civis para apurar denúncias contra a prefeitura de Aquidauana. A maioria delas foram feitas pelo vereador Wezer Lucareli (PPS), com base em relato de Péricles Garcia Santos, ex-assessor da prefeitura.
As denúncias são referentes à prática de peculato, fraudes em processos de licitações, enriquecimento ilícito, aquisição de bens de maneira dissimulada, desvio de verbas públicas, contratação irregular de funcionários, falta de médicos e sucateamento do hospital Dr. Estácio Muniz.
Conforme uma das denúncias, Fauzi Suleiman, Paulo Reis e Douglas Figueiredo teriam adquirido 50% do jornal “Notícias do Estado” - o que serve de Diário Oficial do município - e arrendado a rádio FM Pan por R$ 65 mil.
Trama criminosa – Em entrevista à rádio FM Pan, o prefeito Fauzi Suleiman relatou ser vítima de uma trama criminosa. Ele denuncia que é alvo de uma campanha difamatória promovida pelo vereador Wezer Lucarelli, ex-procurador jurídico, ex-secretário de saúde e ex-secretário de finanças das gestões Felipe Orro e Raul Freixes.
“Nem minha família o vereador tem poupado. Wezer faz oposição da mesma forma que participou da administração desta cidade, de maneira canalha e oportunista sem respeitar as pessoas” disse.
Segundo o prefeito, o vereador disse em entrevista a uma rádio comunitária que tem uma gravação contendo denúncias contra sua administração. O prefeito justifica que o vereador pagou R$ 50 mil para conseguir um depoimento. “Ele é o autor de uma trama criminosa”, enfatiza.
Fauzi Suleiman finalizou a entrevista colocando a disposição da justiça seu sigilo bancário, fiscal e telefônico.
Com informações do Campo Grande News, Notícias MS e MPE.
Deixe seu Comentário
Leia Também

JD1TV: Tereza confirma "construção política" por candidatura

Filiação de Adriane no PP reúne 'pesos pesados' da política

"Construímos um ambiente de negócios", afirma Riedel à mídia nacional

Medida Provisória do Bolsa Família com adicional do auxílio gás é aprovada no Senado

Riedel garante recursos de R$ 1 bilhão para obras prioritárias no MS

A cartada de Adriane Lopes

Reajustes dos servidores vai para 2ª discussão na Assembleia nesta quinta

Câmara dos Deputados aprova MP da Reestruturação dos Ministérios

Projeto do Coronel David aperta contra pedofilia
