Corumbá tem um caso suspeito de mucormicose, conhecido como fungo preto, o segundo em Mato Grosso do Sul, em menos de uma semana. O primeiro foi em Campo Grande, onde o paciente de 71 anos faleceu na quarta-feira (02). O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS- MS), recebeu alerta da Saúde Municipal sobre um paciente, de 50 anos, residente na cidade, que tem hipertensão arterial sistêmica e obesidade.
O paciente teve histórico de Síndrome Respiratória Aguda Grave, com início dos sintomas em 22 de maio. No dia 27, realizou RT-PCR detectável para Covid-19. Ele apresentou tosse, dor de garganta, desconforto respiratório e fadiga. Está na UTI-Covid da Santa Casa desde 28 de maio e teve de ser intubado.
Ainda conforme as informações, o paciente recebeu duas doses da vacina contra a covid, em 20 de janeiro e 05 de fevereiro. No dia 02 de junho, foi diagnosticado com suspeita de mucormicose, apresentando necrose ocular bilateral.
O fungo
O termo mucormicose é usado para se referir a toda infecção fúngica causada por fungo da classe Zygomycetes e ordem Mucorales. As pessoas contraem mucormicose entrando em contato com os esporos fúngicos no ambiente. Por exemplo, as formas pulmonares ou sinusais da infecção podem ocorrer depois que alguém respira em esporos. Essas formas de mucormicose geralmente ocorrem em pessoas que têm comorbidades ou utilizam medicamentos que diminuem a capacidade do corpo de combater algumas doenças.
A progressão da doença leva a uma sequência de sintomas que se iniciam com dor orbital unilateral ou facial súbita, podendo conter obstrução nasal e secreção nasal necrótica. Há a possibilidade de ocorrer lesão lítica escura na mucosa nasal ou dorso do nariz, celulite orbitária e facial, febre, ptose palpebral, amaurose, oftalmoplegia, anestesia de córnea, evoluindo em coma e óbito.
O tratamento envolve remover cirurgicamente todos os tecidos mortos e infectados. Em alguns pacientes, isso pode resultar em perda da mandíbula superior ou às vezes até mesmo do olho. A cura também pode envolver de 4 a 6 semanas de terapia antifúngica intravenosa. Como afeta várias partes do corpo, o tratamento requer uma equipe de microbiologistas, especialistas em medicina interna, neurologistas intensivistas, oftalmologistas, dentistas, cirurgiões e outros.
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Segundo caso foi registrado um dia após a morte do primeiro (Reprodução)



