A DEPCA (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente) investiga a inclusão do número de uma adolescente, de 14 anos, em um grupo de automutilação e suicídio no WhatsApp. Segundo o delegado titular Paulo Sérgio Lauretto, o grupo é integrado por pessoas de vários lugares do Brasil e a menina teria sido inclusa por alguém desconhecido.
Questionado sobre a relação deste grupo com o jogo da Baleia Azul, que consiste em desafios que podem levar ao suicídio, o delegado explica que alguns indícios o levam a acreditar que são duas coisas diferentes, mas não destaca possibilidade de se tratar do jogo. “Em nenhum momento a adolescente disse que se tratava de um jogo e a descrição do grupo também não tinha nada que lembrasse o da Baleia Azul, mas vamos investigar”, explica o delegado.
Além disso, Lauretto conta que a menina foi adicionada no grupo no fim do ano passado e o jogo acabou “virando febre” no Brasil apenas há cerca de um mês. Em depoimento adolescente destacou que não sabe quem a colocou no grupo. Diz ainda que tentou por várias vezes sair, mas era adicionada novamente. Questionada as pessoas que integravam o grupo, ela contou que conhecia apenas uma menina que era da mesma escola que ela. O caso chegou até a DEPCA na última segunda-feira (24) após a mãe da menina começar a observar um comportamento diferente na filha.
“Ela disse que a filha começou a agir estranho, ficar muito tempo reclusa no quarto, no escuro, mas não conseguia conversar com a menina. Foi quando percebeu cortes nos braços dela e quando perguntou o que era a menina disse que tinha sido o cachorro. A menina então passou a usar blusas de manga comprida para esconder os cortes”, detalha o delegado.
Lauretto conta ainda que o que chama a atenção é o fato de o grupo apresentar pouquíssimos contatos com DDD 67, ou seja, números de Mato Grosso do Sul. Ele não quis dar detalhes sobre os locais, mas salientou que são números de vários lugares do Brasil.
O celular foi encaminhado para a perícia e somente após as conversas serem materializadas, de acordo com o delgado, é que a polícia poderá analisar detalhadamente seu conteúdo e através dos números de telefone chegar até os integrantes do grupo. Os responsáveis podem ser indiciados por induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio
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