Em entrevista a imprensa na manhã desta quinta-feira (3), o governador Reinaldo Azambuja comentou sobre as tratativas e incertezas do acordo da Petrobras com o grupo Russo Acron em relação à concretização da venda da UFN-III (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados-III que fica em Três Lagoas.
No dia 4 de fevereiro, a petroleira confirmou que havia chegado a um acordo com a estrangeira, mas que a assinatura do contrato depende “de tramitação na governança da Petrobras, após as devidas aprovações governamentais”. A guerra da Rússia contra a Ucrânia trouxe dúvidas em relação à concretização da venda da UFN-3.
Conforme Azambuja, ainda não há uma definição estabelecida de como será as negociações daqui em diante. "Não temos nenhum encaminhamento, já conversei com general Luna, presidente da Petrobrás e não tem uma definição, ainda concreta" explicou.
O governador ainda destacou a importância dos fertilizantes nitrogenados no agronegócio do país e acredita que o setor é vital para o contínuo crescimento do agro no Estado, que segundo ele, vem crescendo bastante.
"Temos que aguardar, não sabemos ainda se os embargos atrapalham a negociação Petrobrás Rússia, mas, sabemos também que se não ficar com eles, a Petrobras achara um caminho para essa questão, até porque, essa produção, neste momento, é muito importante para a economia do Brasil" concluiu.
O chefe do Estado acredita que o problema maior pode surgir só ano que vem, pois a próxima safra já está garantida.
"Essa que esta plantada, a safrinha, é tranquila e sabemos que a próxima safra de verão, já tem estoque definido no Brasil, dessa, faremos o plantio em setembro e outubro deste ano. A partir do ano que vem, teremos que começar a olhar acomodação do mercado e com certeza, mas tem tempo até lá e, com certeza, a UFN3 já terá uma posição com os russos ou até mesmo com a Petrobras" afirmou o governador.
Atualmente, o Brasil compra de fora 70% do insumo usado na agricultura. Em 2021, 23% desses adubos ou fertilizantes químicos importados vieram da Rússia, segundo dados do Comex Stat, ferramenta do Ministério da Economia. Foram 41,6 milhões de toneladas compradas por 15,1 bilhões de dólares.
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