O governo brasileiro condenou bombardeio que deixou a brasileira Fatima Boustani, de 30 anos, e seus dois filhos feridos no sábado (1°) no Líbano.
Ao G1, o primo de Ahmad Aidibi, marido de Fatima, informou que a situação dela é gravíssima. "Ela está sangrando pela cabeça e pelo pulmão", afirmou Ezzddein. Boustani deve ficar 24 horas em observação antes de tentarem transferi-la para uma unidade hospitalar com melhor infraestrutura de atendimento.
A casa de Boustani foi destruída no bombardeio. A filha de 10 anos e um filho de 9 estavam no local. A menina passou pela terceira cirurgia na noite de sábado e recebeu transfusão de sangue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Libanês Italiano, em Tiro, e o menino está em observação na enfermaria do mesmo hospital.
Aidibi e Fátima Boustani têm quatro filhos de 12, 10, 9 e 7 anos. Eles moram na cidade de Saddike, a cerca de 100 km de Beirute. No momento do ataque aéreo, as outras crianças tinham saído para a casa dos avós.
A situação é acompanhada pela embaixada do Brasil em Beirute.
O Hezbollah, baseado no Líbano, tem apoiado o Hamas, grupo que está em guerra com Israel na Faixa de Gaza desde outubro de 2023. De acordo com a agência AP, o Hezbollah afirma que interceptou um drone de Israel durante os ataques deste sábado.
A família de Fátima pede ajuda do governo brasileiro para realizar o resgate deles.
O marido da brasileira está no Brasil morando com o primo há pelo menos cinco anos. Ele retornou ao país há três semanas, depois de visitar a família no Líbano. A esposa, que conseguiu cidadania brasileira, aguardava o término do período escolar das crianças, neste ano, para todos virem ao Brasil.
Em nota, o governo brasileiro condenou o ataque e informou que presta apoio à família.
"O governo brasileiro manifesta sua indignação e condena o bombardeio de ontem, dia 1°, em Saddikine, no Sul do Líbano, que resultou em ferimentos em três cidadãos brasileiros. Todos estão recebendo tratamento no Hospital Libanês Italiano, em Tiro. O episódio ocorreu no contexto de ataques das forças armadas israelenses no Sul do Líbano e do Hezbollah no Norte de Israel. A Embaixada do Brasil em Beirute está em contato com os familiares e com a equipe médica e presta o apoio consular.
Desde o início do conflito entre Israel e Palestina, a Embaixada em Beirute monitora e mantém contato regular com os brasileiros residentes no Sul do Líbano.
O Brasil exorta as partes envolvidas nas hostilidades à máxima contenção, assim como ao respeito aos direitos humanos e ao direito humanitário, de forma que se previna o alastramento do conflito em Gaza e se evitem novas vítimas civis inocentes".
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