Caminhoneiros de todo país protestaram contra o aumento do valor do diesel nesta segunda-feira (21), data que foi anunciada a nova taxa de impostos nas refinarias. Na BR-163, em Campo Grande, trabalhadores estão paralisados e apenas parte da pista está liberada.
Os manifestantes estão aguardando uma resposta do Sindicargas (Sindicato dos Trabalhadores de Cargas), para entrar em acordo com a Petrobrás. Na capital, o protesto não tem previsão de término, e apenas carros de passeio, motos e ambulâncias estão autorizados a passar na pista. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou que a BR-267, em Maracaju e em Rio Brilhante também estão interditadas.
Segundo a Agência Brasil, na semana passada foram cinco reajustes diários seguidos, isso acumula 8% em alta nas bombas que são repassadas ao consumidor. No início da manhã haviam manifestações em, pelo menos, 16 outros estados: Santa Catarina , Bahia, Mato Grosso, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraíba, São Paulo, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Tocantins e Rio Grande do Sul.
Mesmo em meio a protestos, os preços do diesel e da gasolina voltam a subir nas refinarias a partir de amanhã (22). Segundo informações do site da Petrobras, a gasolina subirá 0,9% e o diesel 0,97%. Com a alta, o preço da gasolina passará a custar R$ 2,0867, enquanto o do óleo diesel sobe para R$ 2,3716.
Este é o 11º aumento do preço da gasolina nos últimos 17 dias. A exceção ocorreu entre os dias 12 e 15 deste mês, quando a estatal interrompeu a sequência de altas ao manter o preço da gasolina em R$ 1,9330, e entre os dias 19 e 21 quando os preços passaram para R$ 2,0680. Ao longo do mês de maio, o preço da gasolina subiu 16,07%.
O produto iniciou o mês custando R$ 2,0877 na porta das refinarias, sem a incidência de impostos, e passará a valer a partir da meia-noite de hoje R$ 2,0867, contra os R$ 2,0680 que vigora desde o último aumento, no sábado passado (19).
Já o óleo diesel, que aumentará 0,97%, acumula alta de 12,3% desde o dia 1º de maio. Com o último aumento, o preço do produto passará de R$ 2,3488 – preço que passou a valer também no último sábado – para R$ 2,3716. É o sétimo aumento consecutivo do produto.
A Petrobras rebate as criticas às altas constantes dos derivados a atribui as elevações de preços às oscilações do preço do barril do petróleo no mercado externo. Segundo a estatal, “os combustíveis derivados de petróleo são commodities e têm seus preços atrelados aos mercados internacionais, cujas cotações variam diariamente, para cima e para baixo”.
Segundo a companhia, a variação dos preços nas refinarias e terminais é importante para que a empresa possa competir de forma eficiente no mercado brasileiro.
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