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Empresas de armas avaliam impacto de decreto no mercado

Em janeiro, presidente flexibilizou posse de armas de fogo no país

07 abril 2019 - 13h47Da redação com informações da Agência Brasil    atualizado em 08/04/2019 às 05h10

O impacto no mercado de armas e munição provocado pela mudança na legislação brasileira foi um dos assuntos mais discutidos na Laad Defesa e Segurança, considerada a maior feira de defesa e segurança da América Latina. O evento que encerrou na última sexta-feira (5), reúniu as maiores empresas mundiais do segmento, no Rio de Janeiro.

Em janeiro, o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que flexibilizou a posse de armas de fogo. Para os principais representantes da indústria nacional – a privada Taurus e a estatal Imbel -, a mudança pode refletir em crescimento do setor.

Na avaliação do presidente da Taurus, maior empresa armamentista nacional, Salésio Nuhs, a flexibilização contribui para desenvolvimento de tecnologia.“Temos que qualificar a nossa mão de obra e reter esses talentos. No início do ano, nós geramos mais 200 empregos na nossa fábrica no sul. Hoje, eu tenho 2.100 funcionários”, disse Nuhs.

A Taurus tem uma única fábrica em São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre (RS), com produção de 4 mil armas por dia. Se for preciso aumentar a produção, o empresário diz que será necessário investir em um novo turno com mais pessoal.

O executivo destacou que o aumento da produção não será imediato, deve ser gradual, lembrando que o processo para conseguir a posse de arma demora cerca de três meses e é caro.

“Eu não acredito que vai triplicar a venda amanhã. Vai aumentar, vai ser gradual”, afirmou. “O decreto [saiu] em janeiro. O processo da compra de armas no Brasil é extremamente sério, em termos de exigências legais. Têm todas as declarações e certidões que o cidadão tem que tirar, o exame psicotécnico e o curso de tiro”, acrescentou.

O lucro bruto da Taurus atingiu R$ 307,6 milhões em 2018, mais de três vezes superior a 2017. No ano passado, a produção total de armas da Taurus, somadas as fábricas do Brasil e dos Estados Unidos, foi de 1,117 milhão. A Taurus comprou, em 2008, a marca Rossi, tradicional fabricante de armas, até então sua concorrente. Posteriormente, em 2014, o controle da Taurus foi adquirido pela CBC, maior fabricante de munição do país.

Com tamanho inferior em comparação à Taurus, a estatal Imbel – Indústria de Material Bélico do Brasil, ligada ao Ministério da Defesa, prevê crescimento de 20% de produção de armas curtas de uso civil, pistolas calibre 380, em 2019, comparado a 2018. A estimativa é do assessor de comunicação da empresa, Marcelo Muniz, que também participa da feira.

“A demanda que está aumentando é o calibre permitido, que o cidadão pode fazer uso. Essa mudança é bem característica, o cidadão quer se proteger. Isto percebemos de imediato”, disse Muniz.

A produção atual é de 6 mil pistolas calibre 380 por ano, de um total de 7 mil armas, de todos os calibres, fabricadas na unidade de Itajubá (MG). Segundo o assessor, o aumento na produção demandará contratação de trabalhadores. Como a empresa é estatal, o ingresso permanente se faz via concurso. A solução será chamar o cadastro de reserva de candidatos ou contratar empregados temporários.

A empresa foi criada em 1975 para suprir as Forças Armadas com armas, munições, rádios e outros equipamentos. Produz fuzis calibres 556 e 762, pistolas calibres 380, .40 e 9 mm, além de facas, explosivos e sistemas de comunicação. Também desenvolve e vende, para as Forças Armadas, o Projeto Combatente Brasileiro (Cobra), Soldado do Futuro, que envolve o armamento, os equipamentos de comunicação e de energia.

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