A coordenadora da Central de Audiência de Custódia do Tribunal de Justiça do Rio, juíza Marcela Caran, decretou hoje (25) a prisão preventiva de 30 torcedores do Corinthians detidos em flagrante no domingo (23) por tumulto após partida contra o Flamengo, no Estádio do Maracanã. Eles tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva depois de quase três horas de audiência de custódia, realizada nesta terça-feira, no Fórum Central do Tribunal de Justiça do Rio.
Segundo a juíza, a decisão se baseou nas imagens do flagrante e se justifica pela violência empregada contra os policiais. O processo será distribuído para o Juizado do Torcedor, que vai decidir se mantém ou revoga a medida.
A juíza disse que a audiência de custódia, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é uma audiência para soltar pessoas indiscriminadamente. “Ela é para soltar quem deve ser solto e prender quem deve continuar preso.“
“E, eu entendi que, nesse caso, pelo nível de violência empregado contra os policiais e resistência ao poder estatal, havia necessidade de manutenção da prisão e conversão em preventiva dos custodiados”, explicou.
Os integrantes do grupo foram enquadrados por crimes de lesão corporal, dano qualificado, tumulto em locais de jogos, resistência qualificada e associação criminosa. O 31º torcedor envolvido, por ser menor de idade, foi encaminhado à Vara da Infância e Juventude.
Um dos advogados de defesa Rafael Faria disse que vai entrar com pedido de habeas corpus no Plantão Judiciário. Ele considerou que a decisão não obedeceu os princípios e as garantias do processo penal. Ainda segundo ele, o Judiciário errou ao não individualizar a conduta de cada torcedor.
“Face a esse absurdo a defesa entrará com um habeas corpus para tentar a liberdade não só do meu cliente, mas de todos os torcedores do Corinthians porque nem todos estavam ligados à torcida”, avaliou Faria.
Durante a audiência, os torcedores relataram agressões por parte dos policiais militares. Alguns choraram após a decisão da juíza. Eles foram encaminhados para o Complexo de Gericinó, em Bangu, na zona oeste, onde ficarão em área isolada, à disposição da Justiça.
Ainda de acordo com a juíza Marcela Caran, todos os 30 corinthianos foram reconhecidos e identificados nominalmente pelas testemunhas e vítimas.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Ultrassom médica de Bolsonaro é autorizada por Moraes após pedido da defesa

Campo Grande se junta a capitais do país em protestos contra o 'PL da Dosimetria'

"O Agente Secreto" lidera público entre lançamentos nacionais de 2025

Brasil prepara primeiro lançamento comercial de foguete a partir de Alcântara

Caso Benício: Justiça revoga habeas corpus de médica por morte de criança com adrenlina

Queda de árvore mata mulher em ponto de ônibus em Guarulhos

PF deflagra operação contra irregularidades em emendas parlamentares

Aprovado PL que estende por 15 anos ratificação de imóveis em faixas de fronteira

Governo garante remoção de servidores vítimas de violência doméstica homoafetiva







