O relatório sobre o ataque aos Três Poderes, entregue pelo interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino destaca ações coordenadas, crimes de violência mesmo antes da invasão e omissão da Polícia Militar do Distrito Federal.
Conforme relatório, as polícias Militar e Civil, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres e os órgãos de segurança sabiam da aproximação de grupos de bolsonaristas e chegaram a planejar ações para barrar o movimento, mas todas eram canceladas antes de serem executadas. “Desde o fim de 2022, ocorreram ações planejadas com o intuito de desmobilização do acampamento, porém foram canceladas por fatores alheios às forças de segurança do Distrito Federal, sendo algumas operações interrompidas já em andamento e com tropas da segurança pública no terreno, por orientação do Exército Brasileiro”.
Conforme Ricardo Cappelli ‘Pode-se concluir que não houve falta de informações e alertas sobre os riscos da manifestação”. “Não houve a elaboração prévia de Planejamento Operacional nem Ordem de Serviço emitido pelo Departamento Operacional da PMDF em relação aos fatos, sendo apenas encaminhado o Plano de Ações Integradas elaborado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal, para o Batalhão do Choque e Rotam, não sendo encaminhado para BPCÃES, BAVOP e RPMON, como seria de praxe".
Foi informado ainda que a parcela da tropa alocada para o reforço do efetivo que estava na esplanada encontrava-se de prontidão em 'casa'.
Ainda de acordo com os fatos registrados, no dia 8 de janeiro, os manifestantes se deslocam em direção à Esplanada dos Ministérios pouco depois das 13h. Por volta de 14h25 os manifestantes rompem a linha de revista existente no buraco do Tatuí, permitindo a entrada sem a realização de inspeção. Às 14h43, ocorre a aproximação da manifestação da linha de contenção na Avenida da Bandeiras, onde manifestantes que já se encontravam na Esplanada assumiram posição nos gradis localizados na extensão em frente ao Congresso Nacional, e em movimento sincronizado, puxaram os mesmos para a retaguarda, permitindo a quebra da barreira e avanço dos manifestantes.
Somente às 15h, o efetivo do Complexo Administrativo que se encontrava de sobreaviso desde o dia anterior, foi acionado para se deslocar à Academia de Polícia Militar de Brasília - APMB para mobilização e direcionamento para a Esplanada dos Ministérios.
"Houve, portanto, um intervalo de aproximadamente duas horas entre o início da manifestação e a tomada de providências operacionais de reforço para reprimir as ações em andamento".
Vale ressaltar que os gradis de contenção estavam alocados de forma diferente do costume, com apenas duas linhas de segurança, sem travas de ligamento e com longos espaços entre eles.
"Sobre as imagens que registram a movimentação de viaturas, a queda de gradis e o avanço dos manifestantes rumo às instalações do Supremo Tribunal Federal (STF), é possível afirmar que a falta de efetivo, a atitude passiva e a ausência de qualquer planejamento pelo Departamento de Operações da PM expuseram o STF de maneira inaceitável, o que levou à abertura, pela Corregedoria da Polícia Militar, de um novo inquérito policial militar para apurar o ocorrido, buscando individualizar as responsabilidades dos agentes de segurança presentes na operação", destacou em relatório.
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