A norma que impõe uso de simuladores entrou em vigor anteontem em todo o país.
Serão cinco aulas obrigatórias de meia hora cada, conforme resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito). Cada uma custará em média R$ 40, segundo o Sindicato das Auto e Moto-Escolas do Estado de São Paulo.
A considerar que a primeira habilitação em São Paulo custava, antes da obrigatoriedade do simulador, R$ 1.200 (segundo o sindicato), isso representará aumento de 16% no custo para o condutor.
O preço varia nos Estados. Em Santa Catarina, cinco aulas sairão por R$ 284. Lá o valor é tabelado pelo estado.
As autoescolas repassarão a despesa para o condutor - sindicatos da categoria em todo o país protestaram em Brasília em dezembro para barrar a medida, sem sucesso.
Entre as queixas estão o fato de não haver comprovação da eficácia da medida e que o simulador é caro - o uso deveria ser facultativo, dizem.
Um equipamento custa até R$ 40 mil. A maioria das autoescolas optou pelo comodato, espécie de aluguel por mensalidades entre R$ 750 e R$ 2.000, a depender do número de aulas no simulador.
O Detran paulista diz que o compartilhamento é permitido. Quatro empresas estão aptas a fornecer os aparelhos.
Início
Quem deu entrada ontem no pedido de primeira habilitação só usará o simulador daqui a alguns dias. Antes, precisará cumprir outras etapas, como colher as impressões digitais, fazer exame médico e frequentar aulas teóricas, o que pode levar de 15 a 45 dias.
A simulação entra antes das aulas de direção práticas. Os condutores aprenderão de conceitos básicos, como trocar a marcha, a dirigir sob aquaplanagem e neblina.
Essa é uma das vantagens do simulador, diz José Guedes Pereira, do sindicato das autoescolas: permitir que o motorista vivencie condições que não encontra sempre nas aulas práticas.
A resolução deveria ter entrado em vigor seis meses atrás, mas as autoescolas obtiveram do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) o adiamento do prazo.
O Rio Grande do Sul pediu nova prorrogação, o que o Denatran negou que irá fazer.
O governo decidiu tornar obrigatórios os simuladores em 2010, motivado por um pacto na ONU para redução até 2020 de 50% na mortalidade por acidentes de trânsito.Reportar Erro
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