Na noite de quinta-feira (25), por volta das 20h30, três prédios desabaram no centro da cidade do Rio de Janeiro: um maior, na rua Treze de Maio (chamado Liberdade), que tinha 20 andares; um menor, à rua Manoel de Carvalho, com 10 andares (chamado Colombo); e ainda um imóvel pequeno, localizado entre os dois edifícios maiores, com quatro ou cinco andares. O local fica bem próximo ao Theatro Municipal, que não foi afetado.
De acordo com o presidente do Metrô, nenhuma das estações localizadas naquele trecho da cidade sofreu qualquer tipo de abalo estrutural. Segundo entrevista dada por Eduardo Paes, prefeito do Rio, à Globo News na manhã desta quinta-feira (26) a hipótese de que uma explosão de gás teria provocado o desabamento de três prédios no centro da cidade já foi descartada e que, no momento, a investigação aponta para um problema estrutural no edifício maior.
Até o momento, sete corpos foram retirados dos escombros e as equipes de resgate continuam trabalhando no local. Tratores e retroescavadeiras ajudam na operação.
Um policial que participa das buscas no local afirmou em entrevista ao site UOL que dez cofres de banco foram encontrados nos escombros. Os cofres, que estavam intactos, ainda serão periciados no Instituto de Criminalística Carlos Éboli, mas podem pertencer a uma agência bancária do Itaú que ficava perto dos prédios que desabaram e que ficou coberta de escombros. Todos os documentos e pertences que estão sendo encontrados nos escombros estão sendo levados para um depósito da prefeitura na zona portuária.
Segundo o coronel Sérgio Simões é pouco provável que existam pessoas vivas embaixo dos entulhos. Vinte e uma pessoas estão desaparecidas. Uma lista está sendo levantada por assistentes sociais da Prefeitura. Funcionários da Secretaria Municipal de Assistência Social montaram uma base na Câmara de Vereadores, na praça da Cinelândia para orientar os parentes das vítimas.
Ilegalidade
Na manhã seguinte ao desabamento dos prédios, o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) do Rio informou que não havia qualquer registro da obra que estava sendo realizada em dois andares do edifício Liberdade, um dos que desabaram. Segundo nota publicada pela Folha Online, testemunhas relatam que havia obras nos 3º e 9º andar do prédio. Os pavimentos pertencem à empresa Tecnologia Organizacional. "Em nota, ela lamentou o acidente, mas não deu informações sobre a obra", afirma o site.
O Crea declarou ainda que qualquer obra de grande porte deve ter uma anotação de responsabilidade técnica no conselho, que aponta o engenheiro responsável, o que não constava no edifício que foi ao chão.
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