O ato de cuidar está além de apenas atender os pacientes para a médica do setor de Oncologia Clínica do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), Carmencita Sanches Lang. Vendo que muitos passam por diversas dificuldades por conta dos efeitos colaterais do tratamento, como a queda de cabelo, a doutora decidiu usar suas habilidades com crochê para fazer toucas. Há dez anos, as peças ajudam quem mais precisa nessa época de frio. Atitude esquenta mais do que a cabeça, mas principalmente o coração de quem recebe.
Além de ajudar a autoestima e do bem-estar emocional dos pacientes. Uma das pessoas que foram beneficiadas pela boa ação da médica foi a dona Benedita Ferreira Duarte, de 73 anos, que há dois meses faz quimioterapia no HRMS.
“Com o tratamento, os cabelos já começaram a cair e logo vou precisar cortar. A touca vem em boa hora pois saio de casa de madrugada para vir ao hospital e é muito frio”, afirmou a paciente ao contar que precisa sair de Coxim por volta das 3h da madrugada para fazer consulta na Capital.
Os acessórios são feitos todos os anos para que a distribuição seja feita na época do inverno. Para não prejudicar o trabalho, a médica faz as toucas durante a noite. “É um momento muito bom que tenho no meu dia. Só consigo parar para produzir nessa quantidade quando penso que é para ajudar alguém”, disse Carmencita.
Somente neste ano a médica já produziu mais de 40 toucas. “A gente sabe que a maior parte dos pacientes ficam carequinhas, ou com pouco cabelo e isso também mexe com a vaidade. Então, se você tem uma ‘touquinha’ quente, bonitinha, você sai com uma sensação melhor. Isso faz parte do acolhimento. A intenção é facilitar a vida para eles [pacientes], pelo menos no frio”, afirmou.
Com o passar do tempo, outras pessoas passaram a contribuir com a ação, ajudando a fazer arrecadação de lã, como é o caso da Cheff de Cozinha, Helen Braz, que há dois anos faz tratamento contra o câncer de mama e começou a ajudar na captação de doadores para a produção de toucas.
“Só quem fica careca sabe da importância dessa ação e tem gente que realmente não tem as mínimas condições. Engajei junto com ela [dra Carmencita] e fiz uma campanha no meu restaurante e na internet para conseguir doações e ano passado, por exemplo, conseguimos dinheiro e bastante lã”, comentou.
Quem se interessar em ajudar com doação de lã pode procurar a drª Carmencita, no setor de Quimioterapia do HRMS.
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