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Livro sobre heroína indígena criada na capital é uma boa opção para leitura

“A Guerreira Potira” é baseado em lenda nacional e utiliza elementos regionais para contar história de aventura voltada ao público infanto-juvenil

19 abril 2019 - 12h50Rayani Santa Cruz, com informações da assessoria

Dia 19 de abril é comemorado o Dia do Índio. O Brasil abriga a maior biodiversidade do mundo, e segundo o censo do IBGE, possui mais de 300 etnias indígenas. Apesar da riqueza biológica e cultural, a população ainda desconhece parte desta diversidade.

Com o objetivo de preencher esta lacuna e oferecer uma história de aventura genuína ambientada no país, a trilogia “A Guerreira Potira” foi produzida  na capital pela escritora Bianca Resende e pela ilustradora Marina Torrecilha.

O livro tem como foco o público infanto-juvenil e conta a história da índia Potira, a partir de uma lenda do folclore nacional. Na tradição oral, a personagem passou a chorar diamantes após perder o amado em uma batalha. Porém, na trilogia produzida na capital, a índia ganha novos contornos e uma aventura só para ela. 

Em "A Guerreira Potira", a personagem se depara com a derrubada de castanheiras e embarca em uma saga dentro da mata brasileira para impedir o desmatamento. Ela é acompanhada por seres mágicos, todos catalogados no livro “Compêndio Seres da Mata - um olhar informal sobre o folclore brasileiro”, do escritor Hélio Guedes. 

As autoras buscam produzir um conteúdo inteligente para as crianças, abordando a defesa do meio-ambiente e com referências positivas sobre os povos indígenas.  Para tanto, elas se debruçaram em pesquisas sobre a descrição da fauna e flora, além de referências culturais, folclóricas e antropológicas. “É importante passar que a floresta é brasileira, queremos fomentar o debate sobre a preservação ambiental de forma lúdica”, diz a ilustradora Marina Torrecilha.

Para a escritora Bianca Resende, a descrição regional ajuda a criar uma sensibilidade maior. “Se fala muito sobre conscientizar sobre desmatamento, mas a criança não sabe o real impacto disso, é preciso direcionar para gerar uma sensibilização maior... Como mãe, acho importante que meus filhos e que essas novas crianças que estão chegando tenham contato com essa realidade, elas são a nossa chance de criarmos conteúdo novo”.

Além de fortalecer a identidade cultural por meio de elementos regionais, a história busca trazer a força feminina por meio de uma heroína indígena. “Antes, tinha imaginado uma personagem que iria ter a amiga indígena, colocando o indígena como o outro; quando a gente coloca a Potira como a protagonista, começa essa questão do respeito e de não a ver como coadjuvante”, finaliza Bianca.

A primeira parte da trilogia deve ser lançada no segundo semestre de 2019, com cerca de 40 páginas – entre texto e ilustrações originais. Os interessados podem acompanhar a construção da personagem pela rede social instagram, pelo perfil @aguerreirapotira.

Sobre as autoras:

Bianca Resende – É acadêmica de Letras na UCDB, mãe, poetisa e professora. Além do trabalho como escritora no livro A Guerreira Potira, escreve o roteiro para Solo Jacira, retratando pequenos fragmentos do cotidiano de uma mãe solo.

Marina Torrecilha – É formada em Artes Visuais pela UFMS, tem experiência em modelagem e em construção de personagens de Stop Motion com espuma de látex. Cursou Animação 3D no ArtAcademia em São Paulo. Já trabalhou com a criação de jogos e animações para EAD. É Ilustradora digital, concept artist e já criou vários jogos para celular, dentre eles Ponami, uma personagem Inca com elementos Hindus.

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