As exportações foram a única boa notícia dos últimos meses, e ajudaram a compensar o fraco consumo interno, mas há dúvidas sobre a precisão dos números oficiais, em meio a sinais de ressurgimento de fluxos especulativos de moeda por meio de recibos comerciais inflacionados.
As exportações cresceram 11,6 por cento em outubro em comparação ao mesmo período do ano passado, mas desacelerando em relação a um crescimento de 15,3 por cento em setembro, informou a Administração Alfandegária Geral. O número ficou um pouco acima das expectativas do mercado, de 10,6 por cento, previstas em uma pesquisa da Reuters.
A desaceleração no principal indicador de exportações chinês em outubro aponta para um menor crescimento da venda de produtos ao exterior nos próximos dois ou três meses, afirmou a administração.
“A economia ainda enfrenta pressões de retração, e as incertezas nas exportações e queda nas importações indicam baixa na demanda doméstica”, afirmou Nie Wen, economista da Hwabao Trust, em Xangai. “O Banco Central pode continuar amenizando suas políticas de forma orientada.”
As importações cresceram 4,6 por cento em outubro, contra 7 por cento em setembro, e ficaram aquém do esperado. Isso deixou o país com um superávit comercial de 45,4 bilhões de dólares no mês, próximo do teto histórico.
O crescimento do PIB da China caiu para 7,3 por cento no terceiro trimestre, o menor desde a crise financeira mundial, principalmente pelo esfriamento do setor imobiliário, que pesa sobre a demanda interna. Pesquisas recentes nos setores industrial e de serviços mostraram que a economia perdeu ainda mais força na caminhada antes do último trimestre, principalmente pela crise no setor imobiliário e queda nas encomendas de exportações, o que coloca sob risco a meta de crescimento de Pequim para este ano.
Meta difícil de alcançar
O ambiente comercial chinês pode melhorar um pouco em 2015, mas ainda enfrenta incertezas, disse o Ministério do Comércio em relatório publicado neste sábado. “É difícil que a demanda externa mostre uma recuperação significativa”, disse o ministério.
As exportações e importações chinesas, combinadas, cresceram 3,8 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, informou a administração. Isso sugere que a China não cumprirá a meta de crescimento pelo terceiro ano seguido. O governo também não atingiu as metas de 8 por cento em 2013 e 10 por cento em 2012. Este ano, o número alvo é de 7,5 por cento.
O dilúvio de dados a serem divulgados na próxima semana, incluindo produção industrial e investimento, deve mostrar um esfriamento persistente da economia chinesa, reforçando visões de que as autoridades terão que criar mais políticas de estímulo.Reportar Erro
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