Déficit nas contas externas cai 77,7% em agosto

O déficit nas contas externas brasileiras ficou em US$ 579 milhões em agosto, número 77,7% menor que o registrado em igual mês do ano passado. Esse recuo indica o quanto o Brasil se fortaleceu no contexto externo entre 2015 e 2016. Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (26).

As contas externas medem as relações comerciais e financeiras de um País com o restante do mundo. Essas contas são compostas por dois itens: transações correntes, que mostra o fluxo de bens e serviços; e transações financeiras.

Na prática, elas são um indicador que mostra se um País está menos ou mais vulnerável ao restante do mundo e quanto ele pode ser afetado por crises externas.

Quando há um déficit, como no caso do Brasil, significa que saíram mais dólares do que entraram na parte da contabilidade que registra as transações correntes. No entanto, se o País recebe investimentos estrangeiros suficiente para cobrir esse buraco, ele está equilibrado.

Projeções do Banco Central

Em agosto, enquanto o déficit foi de US$ 579 milhões, apenas os Investimentos Diretos no País (IDP), destinados a gerar riqueza, somaram US$ 7,208 bilhões – ou seja, foram mais que suficientes para cobrir o déficit.

Para 2016, o Banco Central projeta uma forte desaceleração desse déficit, uma melhora de quase 70% ao passar de US$ 58,8 bilhões em 2015 para US$ 18 bilhões. Esse número também reforma a avaliação de que o Brasil está pouco vulnerável a crises externas.

Reportar Erro