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Descontos da Black Friday não devem passar de 30%

14 novembro 2014 - 12h16Via G1
Dr Canela
Marcada para 28 de novembro, a quinta edição da Black Friday Brasil – evento que promete grandes descontos nas compras no comércio eletrônico – quer provar que aprendeu com os erros das edições anteriores, criticadas pela maquiagem de preços. Descontos mais modestos e maturidade dos varejistas devem marcar a versão deste ano, acreditam especialistas em consumo digital ouvidos pelo site G1.

Para combater a má fama, o Busca Descontos, organizador oficial do evento, criou uma espécie de selo de qualidade para identificar as lojas bem intencionadas. Até agora, 420 varejistas mostraram interesse em obter a qualificação, conta o idealizador da Black Friday brasileira, Pedro Eugênio.

Mas o selo só será dado às empresas que aceitarem cumprir o código de ética do evento, explica o executivo. "A norma proíbe falsas ofertas e exige a identificação correta dos produtos em promoção" diz.

Para a consultora em marketing digital e comportamento do consumidor, Fátima Bana, os lojistas começaram a entender, com base em experiências passadas, que não é possível dar descontos de 70% como nos Estados Unidos. “O varejo brasileiro não tem margem para isso. Sabemos hoje que os descontos reais não passam de 30%”.

Em 2013, a média das ofertas ficou por volta deste patamar, diz Eugênio. Mercadorias de moda tiveram as maiores reduções de preços, de até 50%. Já os eletroeletrônicos apresentaram a menor margem para descontos na última versão.

Varejo espera faturar R$ 1,2 bilhão
Mesmo com a economia estagnada em 2014, o comércio eletrônico está otimista com o evento deste ano. A e-Bit, especializada em comércio eletrônico, calcula um aumento de 56% no faturamento ante 2013, movimentando R$ 1,2 bilhão.

Um estudo da agência de pesquisa de mercado Hello Research com 1,2 mil pessoas de 70 cidades apontou que 27% dos consultados já estão familiarizados com a Black Friday no Brasil. Destes, 69% pertencem à classe A, 43% à B e 20% à C. O restante (7%) faz parte das classes D e E.

13º salário no dia da Black Friday
Este ano, a Black Friday coincide com o pagamento da primeira parcela do 13º salário. O fato de o brasileiro estar com mais dinheiro no bolso no dia da promoção é positivo, acredita a consultora Fátima, criando oportunidade para antecipar as compras de Natal.

Mas para o especialista em direito do consumidor e do fornecedor, Dori Boucault, o pagamento do salário neste dia aumenta o risco de endividamento no próximo ano, quando há despesas pesadas com impostos e educação. “É preciso planejar com antecedência o valor máximo a ser comprometido”.

Como as ofertas devem ser menores que as anunciadas nas edições anteriores, o pagamento à vista, com o uso de boletos bancários, é uma das melhores opções para pagar menos, com descontos de até 10%. O ideal é consultar os preços pelo menos duas ou três semanas antes do evento e fazer uma lista para saber se os gastos caberão no orçamento, sugere Fátima.

Devido ao grande número de acessos às lojas virtuais, a queda do sistema foi uma das reclamações mais comuns nas edições passadas. Para prevenir-se, a recomendação é documentar todos os passos da compra, para ter provas de que ela foi efetuada.

A melhor forma é registrar um "printscreen" da tela do computador, inclusive se o site sair do ar, e arquivar a imagem. Boucault orienta evitar fazer as compras nos horários de maior congestionamento de usuários – geralmente nas primeiras horas da madrugada e durante o almoço.

Outro problema relatado é a falta do produto no estoque após a compra. Segundo o advogado Boucault, é obrigação do lojista garantir o que foi prometido no site. Portanto, se o produto for ofertado e faltar, a entrega deve ser garantida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).

O consumidor tem o prazo legal de sete dias para se arrepender da compra e pedir a devolução, caso não goste do produto, explica Boucault. “Isso só vale para as compras virtuais”. Se neste prazo não for possível contatar a loja, registre que a procurou para garantir o direito de troca.

Para proteger-se de lojas mal intencionadas, a recomendação é verificar se o site possui meios de contato como telefone ou email. “Desconfie dos que não fornecem estes dados. Eles podem sumir e deixar o cliente na mão”, alerta Boucault.

O advogado também sugere evitar comprar de computadores externos, como em lan houses e cybercafés, ou até mesmo com senhas de wifi abertas, sem proteção, a fim de evitar invasões de hackers e roubo de senhas. “O ideal é acessar de seu computador pessoal”.

Sites estrangeiros podem oferecer preços mais em conta, mas a legislação do consumidor no Brasil não se aplica a eles. “Se houver algum problema, o cliente não estará protegido pela nossa legislação”, diz o advogado.

400 sites não confiáveis
O Procon mantém uma lista com mais de 400 sites que devem ser evitados para compras, devido ao histórico de reclamações e ao fato de não terem sido localizados para solucionar as queixas de consumidores. Clique aqui para acessá-la.

Varejistas que praticaram falsos descontos nas versões anteriores da Black Friday foram devidamente punidos, diz Fátima. “Muitos destes sites que fizeram promoções absurdas acabaram saindo do ar e os melhores conseguiram se consolidar”. Ainda assim, a consultora diz que o consumidor não deve perder o olhar crítico na hora de comprar.

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