O Governo Federal publicou a Medida provisória em que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) regulamenta o aumento de 30% para 35% do limite do empréstimo consignado — aquele que é descontado direto na folha de pagamento. A operação parece oportuna: ao mesmo tempo em que há um crescimento na oferta de crédito, este mês os aposentados e pensionistas correm o risco de não receber, pela primeira vez em nove anos, o adiantamento de parte do 13º salário. Apesar de a medida poder aliviar o bolso de quem contava com a renda extra, especialistas alertam que é preciso cuidado para não se endividar.
O novo limite é válido para trabalhadores no regime CLT, aposentados, pensionistas e servidores públicos. De acordo com o texto, publicado no Diário Oficial da União, os 5% ampliados só poderão ser usados para pagamento de compras com o cartão de crédito. Para o economista Andrew Storfer, da Associação Nacional dos executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, o ideal é evitar qualquer tipo de tomada de empréstimo.
“Ainda que os juros do empréstimo consignado sejam menores que os do cartão de crédito ou do cheque especial, eles ainda assim são altos”, explica. “A tendência é a renda estacionar ou até diminuir, e, portanto, é desaconselhável assumir dívidas e comprometer a renda”.
Para Daniel Souza, professor de Economia do IBMEC, o uso do consignado só é válido para quitar despesas com juros mais altos, como o do cartão de crédito ou do cheque especial, ou em casos que envolvem despesas com saúde que seriam pagas com o adiantamento do 13º. “Gastar esse dinheiro com viagens, reforma da casa ou presentes é mau negócio”.
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(Imagem: reprodução) 



