Menu
Menu
Busca quarta, 17 de dezembro de 2025
Financial Lançamento
Economia

Para Campos Neto, juros baixos precisam chegar ao consumidor final

Cheque especial e rotativo do cartão de crédito ainda têm juros muito altos no país

06 agosto 2019 - 14h21Rauster Campitelli, com informações da Agência Brasil    atualizado em 06/08/2019 às 14h59
Dr Canela

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira (6) que é preciso fazer com que os juros baixos cheguem na ponta, ao consumidor final. Segundo ele, o cheque especial e o rotativo do cartão de crédito ainda têm juros muito altos no país. O presidente do BC participou do evento “Como fazer os juros caírem no Brasil?”, organizado pelo jornal Correio Braziliense, em Brasília.

“O grande vilão hoje, que chama a atenção do mercado para os juros, são produtos emergenciais - cheque especial e rotativo do cartão”, destacou, lembrando que existe um estudo para reduzir o que chamou de regressividade do cheque especial.

“Quando o banco disponibiliza um limite para alguém tomar dinheiro no cheque especial, há um consumo de capital para o banco. Quem tem mais dinheiro na conta, vai ter um limite de cheque especial maior, logo vai consumir mais capital. Geralmente, essa pessoa que tem um limite maior, é a pessoa que menos usa o produto. Quem usa o produto é basicamente a pessoa que ganha até dois salários mínimos, e 67% têm até o ensino médio. Basicamente, quem está na parte de baixo da pirâmide está pagando para quem está em cima”, afirmou.

Os juros do cheque especial estão em cerca de 320% ao ano. Campos Neto disse que tem conversado com os bancos para encontrar soluções para esse problema. “As nossas conversas vão no sentido de como diminuir a regressividade. Também é necessário [ter] compreensão do instrumento, que vem com a educação financeira. A educação financeira é chave nesse sentido”, frisou.

Estudo do BC apresentado por Campos Neto revela que, quanto maior a renda do tomador, menor seu comprometimento de renda com o cheque especial. Entre os que ganham até dois salários mínimos, o comprometimento é de 2,75%. Esse percentual sobe para 21,1%, quando se consideram os 10% mais endividados.

Para quem ganha entre dois e cinco salários mínimos, o comprometimento de renda fica em 1,62% e aqueles com renda entre cinco e 10 salários mínimos, 1,21%. Entre os de maior renda, acima de 10 salários mínimos, o comprometimento de renda é 0,79%. O percentual chega a 7,5%, entre os 10% mais endividados.

No que se refere à indústria de cartões, o presidente do BC disse que houve “grande evolução” e que a concentração do mercado “diminuiu bastante”.

Reportar Erro
Dr Canela
Energisa Michel Telo - Dez/25

Deixe seu Comentário

Leia Também

PIS/Pasep terá calendário fixo de pagamento a partir de 2026
Economia
PIS/Pasep terá calendário fixo de pagamento a partir de 2026
Pitaya barateou
Economia
Com maracujá em alta, pitaya vira atrativo com preço em conta na Ceasa-MS
Foto: Observatório da Indústria
Economia
Indústria de MS amplia exportações em 3% e registra melhor novembro da história
Bolsa Família ajudará beneficiários neste mês
Economia
Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 5 nesta terça
Nova pesquisa de preços de combustíveis foi realizada pelo Procon-MS
Economia
Com variações no preço, gasolina chega a custar R$ 5,94 em Campo Grande
A paralisação atinge o momento mais crítico do calendário de vendas,
Economia
Greve de ônibus afeta comércio no Centro em semana de expectativas de vendas
Varejo brasileiro deve crescer 3,66% em 2026, aponta CNC
Economia
Varejo brasileiro deve crescer 3,66% em 2026, aponta CNC
Aeroporto será vendido
Economia
Anac aprova venda do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão
Bolsa Família
Economia
Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 3 nesta sexta
Comércio de rua é um dos mais que abrem no país
Economia
Vendas no comércio voltam a ganhar fôlego e crescem 0,5% em outubro

Mais Lidas

Caso foi na Escola Estadual José Mamede de Aquino -
Polícia
Após filha ser humilhada por professor, mãe aciona a Polícia em Campo Grande
Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul -
Justiça
Denúncia no Ministério Público aponta possível corrupção na Fundação de Rotarianos em Campo Grande
Imagem ilustrativa
Polícia
Mulher é presa por botar filha de 5 meses na chuva e querer 'vida sexual livre' em MS
Vídeo: Após vídeo com críticas à UPA, médica é exonerada em Campo Grande
Cidade
Vídeo: Após vídeo com críticas à UPA, médica é exonerada em Campo Grande