O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, voltará a defender hoje (13), em seminários em São Paulo, que a redução dos juros básicos precisa ser feita de forma responsável para ser sustentável e não precisar se revertido no futuro.
Hoje, Goldfajn profere palestras durante o Seminário Perspectivas 2017, promovido pelo Instituto Millenium, e no Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP), ambos em São Paulo, em eventos fechados à imprensa.
De acordo com a síntese dos discursos, divulgada pelo BC, Goldfajn defende que um “alívio de atividade” baseado somente na redução da Selic “seria apenas temporário”. Ele lembra que há sempre um debate sobre a “calibragem” das decisões sobre a Selic.
“O Copom [Comitê de Política Monetária do BC] se reúne de forma frequente e pode adequar as decisões à realidade que se apresenta”, diz Goldfajn. Ele acrescentou que o BC é sensível ao nível de atividade econômica.
Recessão econômica
Diante da recessão econômica e da melhora na inflação, o BC tem sinalizado que pode intensificar o corte da taxa básica de juros. Nas suas duas últimas decisões, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortou a Selic em 0,25 ponto percentual. Atualmente, a taxa está em 13,75% ao ano.
A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas reduz o controle sobre a inflação.
O presidente do BC vai reafirmar que política de definição de juros não substitui, mas complementa outras políticas do governo. “Crescimento de um país depende de investimento, produtividade, que são os elementos cruciais. Redução das incertezas de todas as naturezas, inclusive de eventos não econômicos [como a crise política], é fundamental para a volta do crescimento”, afirma.
Goldfajn volta a defender as reformas fiscais, incluindo a proposta que limita gastos públicos e da previdência, além de medidas para aumentar a produtividade e melhorar o ambiente de negócios, promover investimento em infraestrutura e acelerar concessões.
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