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Série empreendedor: açúcar e afeto viram negócio em histórias diferentes

Três confeiteiras transformam doces em artes e aperfeiçoamento é um diferencial para Priscila, Vanessa e Elisângela

27 janeiro 2017 - 15h00Liziane Berrocal e Fernanda Palheta
Dr Canela

Doces, bolos, cupcakes e muita habilidade com as mãos. Na série Empreendedor desta sexta-feira (27) o JD1 Notícias traz duas histórias que podem inspirar você que quer trabalhar fazendo a vida das pessoas mais doce. São duas mulheres com idades diferentes, histórias diferentes, porém com açúcar e afeto.

Priscila Simões, por exemplo, com a chegada dos filhos viu a vida mudar completamente, e a falta de tempo com as crianças fez com que ela repensasse a maneira como trabalhava. “Eu era auxiliar administrativo e tinha um salário que era próximo do salário mínimo, pouco via meus filhos e um dia comecei a fazer doces, veio a primeira encomenda, e pensei: por quê não investir nisso?”.

Assim nasceu a Arte com Doces, nome escolhido, já que a intenção era realmente produzir arte em açúcar.  E não é que deu certo, com habilidade para esculpir pasta americana, Priscila então buscou cursos e sim, hoje é confeiteira. “Os doces personalizados viraram um negócio divertido e que eu posso dar atenção a minha família e ainda ganho mais do que antes”, conta ela que agora está procurando profissionalização no Sebrae-MS.

“Conhecimento nunca é demais, é sempre bom, fiz cursos em pasta americana, comecei a diversificar meu mercado, além dos mini-churros oferecendo cupcakes personalizados para o mais variado tipo de público”, contou ela.

A primeira festa foi tudo manual, porém, essa busca por saber mais abriu os horizontes. “Comecei comprando os moldes, divulgando meu trabalho, diversificando os cortadores, investindo em cursos e um sonho bem próximo é abrir minha própria confeitaria”, objetiva Priscila, que faz esculturas desde chá de bebê até lembrancinhas doces de formandos.

 

Molduras são para enfeitar e comer

Família boa de cozinha, dinheiro à vista

O doce e o amor também estão presentes na vida da confeiteira Vanessa de Souza Coelho, de 44 anos. Ela que sempre fez “de tudo um pouco”, há três anos viu surgir a “Doce Amor”, que começou com trabalhos esporádicos na páscoa.

“Na minha família todo mundo trabalha com comida, as tias têm padaria, então sempre tive no meio desse negócio de fazer as coisas e eu gosto de fazer. Eu sempre fiz bombom pra fora, na época de páscoa eu fazia ovos de páscoa, há muitos anos, tipo uns 20 anos”, conta ela.

Um certo dia, procurando materiais para confeccionar os bombons resolveu fazer um curso de bolos, e foi paixão certa. “Eu já fazia bolos de aniversário, mas assim não tinha técnica eu fazia os bolos normais, eu me interessei em fazer o curso e a partir daquele curso eu me apaixonei em fazer tortas e fui me aperfeiçoando, fiz vários cursos de tortas. Fui pra São Paulo, fui pro Rio de Janeiro pra fazer cursos de confeitaria, de pasta americana. E hoje eu descobri que é isso realmente que eu gosto de fazer”, conta ela.

A ideia foi crescendo, até que foi preciso profissionalizar mais. “Quando eu comecei, não tinha essa ideia de abrir uma empresa, não sabia se eu ia ter encomendas. E eu comecei a atender os amigos, e dessas encomendas que eu tinha as pessoas que iam às festas gostavam dos bolos e doces que eu fazia e ai foi mais por indicação, boca a boca”, conta.

Para Vanessa, o importante também é se atualizar. “Tem que estar sempre se atualizando, sempre fazendo curso. Porque a confeitaria é isso, tem sempre novidades, sempre coisas diferentes”, explica.

Filha “profetiza” e técnica em agropecuária se torna confeiteira

Elisangela Crivelli nem imaginava que seria “padeira” algum dia na vida. No entanto, com a chegada de Ana Clara, tudo mudou e a necessidade de atender os desejos da menina, que ama bolos, acabou se tornando uma profissão.

“Um dia ela me disse que Jesus tinha dito a ela que se eu fizesse um curso de padeira, eu seria muito feliz. Falei que nunca tinha feito um pão na vida, mas ela frisou que era fazer bolos”, conta ela que trabalha em um frigorífico. “Uma área totalmente diferente de tudo. Mas fui lá fazer o curso e comecei a atender encomendas”, conta ela, que trabalha com chantilly.


Filha incentivou a técnica agropecuária a virar boleira

Há dois meses nasceu então a “Dois Amores”, em alusão a ela e a filha, que ela cria sozinha. “Os bolos começaram a ser encomendados, comecei a fazer um, dois por dia, e vou conciliando”, afirma Elisangela, que acredita que num futuro próximo vai acabar “sendo confeiteira de vez”.

A agora técnica e doceira, realmente quer expandir. “Estou procurando novos cursos, auxílio para ter técnicas em empreendedorismo e assim quem sabe, um dia só trabalhar com os bolos”, conta ela enquanto termina um lindo bolo com borboletas em papel de arroz.

“É se simboliza a transformação, e ser empreendedor é sair do casulo, é transformar-se”, analisa.

Comércio de doces apresenta crescimento, mas ainda há público

Segundo dados do Sebrae (Serviço Brasileira de Apoio a Micro e Pequenas EmpresaS) em Mato Grosso do Sul estes é um dos segmentos que mais crescem. Atualmente no ramo de padaria e confeitaria com predominância de revenda  são  97.925 CNPJS, que podem ser desde MEI (Microempreendedor individual).

Já a fabricação de produtos de padaria e confeitaria com predominância de produção própria – chega a  88.972. O mercado ainda é promissor, já que segundo um estudo do Sebrae, o comércio de alimentos e bebidas, representação comercial, preparação de alimentos, comida preparada, restaurantes populares, lanchonetes, produtos de panificação, laticínios, doces, refeições estão entre os negócios mais promissores para 2017. 

 

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