A companhia informou que protocolou pedido voluntário de proteção ao Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos - o equivalente a uma recuperação judicial - com o objetivo de reestruturar seus negócios, visando construir "uma base financeira sólida, com perspectivas de longo prazo".
Foram apresentados pedidos de concordata em nome das empresas: TelexFree, LLC; TelexFree, Inc.; e TelexFree Financial, Inc.
O Capítulo 11 da lei de falências americana (Bankrutpcty Code) permite a uma empresa com dificuldades financeiras continuar funcionando normalmente, dando-lhe um tempo para chegar a um acordo com seus credores. Esse procedimento significa uma vontade de reestruturação da companhia, sob o controle de um tribunal.
Em comunicado divulgado na sua página internacional, o presidente interino da Telexfree, Stuart A. MacMillan, disse que a medida ajudará a fortalecer a estrutura financeira e operações globais da empresa. "Esperamos que o nosso negócio vai continuar a operar, e tudo faremos para apoiar os nossos associados de vendas e clientes com novos produtos e melhoria dos serviços, incluindo os serviços de VoIP que estão se expandindo para alcançar mais de 70 países", afirma o porta-voz da empresa.
O G1 procurou a Ympactus Comercial S/A, que utiliza comercialmente no Brasil o nome Telexfree, para saber o impacto da medida no país, mas não conseguiu localizar nenhum dos responsáveis pelo grupo.
Em vídeo divulgado nessa segunda-feira, um dos diretores da Telexfree no Brasil defende o pedido de concordata nos EUA, dizendo que o bloqueio de recursos da empresa no Brasil afetou também a Telexfree internacional. "Foi afetada sim, diretamente. Muito do dinheiro que está hoje preso, bloqueado no Brasil pertence à Telexfree internacional", afirma Carlos Costa. "É um remédio amargo, mas necessário... Vamos sair dessa, sim", acrescenta.
A Telexfree é investigada no Brasil por suspeita de ser uma pirâmide financeira. As atividades da empresa no país estão suspensas desde junho de 2013, por determinação da Justiça do Acre. Em fevereiro, a Telexfree teve negado pela segunda vez seu pedido de recuperação judicial no Brasil. Para a Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES), a empresa não poderia fazer o pedido por ter menos de dois anos de atividade.
No vídeo, o diretor da Telexfree nega a prática de qualquer irregularidade e diz que a empresa está tomando todas as medidas necessárias para atender as legislações brasileiras e de outros países. "Aqui, não tem pessoas que vão correr, pessoas que vão sumir, não. Ninguém está fazendo nada errado."Reportar Erro
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(Arte: reprodução) 



