Se o Flamengo fosse uma nação estaria falida. Se fosse um doente, estaria em estado terminal. Mas é um clube de futebol com uma divida de mais de R$ 750 milhões, segundo estimativa da empresa Ernst & Young, e está em busca de sobrevivência. Deve, não nega e depois da auditoria está tentando pagar. Não a curto prazo, porque segundo os dirigentes seria impossível, mas cortando gastos em todos os setores do clube para tentar fazer do Flamengo um clube do futuro e um doente curado não por milagre, mas por ter seguido o correto tratamento.
"A divida é pagável. Não existe uma solução mágica. A solução são os 40 milhões de torcedores ajudarem", disse o vice-presidente de finanças do clube, Rodrigo Tostes, que não quis afirmar até quando essa divida poderá ser paga, mas que o essencial era saber o tamanho do problema e isso, 100 dias depois de assumir a diretoria já sabe.
Se não há dinheiro, a diretoria adianta. "Não podemos falar em Kaká, Robinho, Cristiano Ronaldo ou Neymar", disse o presidente Eduardo Bandeira de Mello, que prometeu ainda para o Brasileiro quatro ou cinco reforços e um time competitivo. "Mas longe de ser o time dos nossos sonhos" afirmou.
O vice de marketing Luiz Eduardo Baptista disse que a torcida pode exigir, mas precisa descer da arquibancada e entrar em campo junto com o time. "O torcedor tem que aderir ao programa sócio-torcedor e ajudar o clube" disse sonhando com um numero de 150 mil associados ate 2014. "Em pouco tempo chegamos a 13 mil sócios e queremos chegar o fim do ano como o terceiro maior programa sócio-torcedor do país" aposta.
Além do programa sócio-torcedor, o Flamengo aposta em um marketing que funcione. "Antes de dizer o que encontramos, mais vale dizer o que não encontramos", afirmou Baptista, dizendo que o clube nao tinha planejamento, patrocinador master e com previsão de receber apenas R$ 4 milhões em patrocínios para todo 2013.
"Nossa meta é colocar 80 milhões nos cofres do clube ate o fim do ano" disse, afirmando que no proximo ano o Flamengo vai ser o clube de maior receita do Brasil. Além de Adidas e Peugeot, o clube deve fechar até o fim de maio com pelo menos mais dois patrocinadores fortes.
"A camisa da estréia da Adidas vai ser uma camisa mais forte", disse o dirigente, que vai trabalhar para que os jogadores evitem sair de campo para dar entrevistas sem camisa ou com a camisa do adversário. "É o patrocinador quem paga metade do salário dele e ele tem que saber da importância de valorizar esse patrocinador", completou.
No campo jurídico o trabalho do Flamengo esta sendo pesado. De acordo com o vice-presidente Flávio Willeman, o clube sequer tinha um acompanhamento dos processos em que era réu. "Em 100 dias reduzimos as ações trabalhistas de 550 para cerca de 200", exemplificou, dizendo que o próximo passo vai ser um mutirão na justiça trabalhista para tentar reduzir ainda mais esses números. "O que não pode acontecer é o Flamengo mandar um funcionário embora e não pagar nada".
O cenário é terrível, os cortes no futebol e nos esportes olímpicos são uma realidade. Mas o clube deu um passo adiante, abriu suas contas e espera se tornar, dentro de quatro anos um clube exemplar. "Estamos tentando resgatar a credibilidade do clube, mas temos que matar um leão por dia", afirmou Bandeira de Mello.
O vice-presidente de finanças Rodrigo Tostes disse que a atual diretoria não vai resolver todos os problemas do Flamengo, mas que precisa dar exemplo e cumprir suas obrigações. Luís Eduardo Baptista finalizou dando como exemplo o Corinthians.
"Um trabalho bem feito de quatro anos e que terminou com um titulo mundial" disse, lembrando que mesmo sem ter jogadores da seleção brasileira, o time do Corinthians era coeso e forte. "E hoje eles podem ate contratar o Pato" lembrou.
Via Terra
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