Criado pela Lei Complementar nº 31 no dia 11 de outubro de 1977, Mato Grosso do Sul completa hoje 39 anos. Para muitos o Estado vive uma crise de identidade, mas para a historiadora Alisolete Weingärtner, Mato Grosso do Sul é um Estado de multiculturas.
Com a referência da fronteira, que traz a cultura espanhola, a bagagem cultural dos migrantes que chegaram ao Estado e a influência dos indígenas, o sul-mato-grossense construiu sua identidade refazendo e adaptando os aspectos culturais presentes no Estado. “A gente vai adequando e vivendo”, afirma Alisolete.
“É muito claro quando olhamos para a nossa culinária, quando vamos na 'feirona' encontramos o sobá que é um patrimônio imaterial e traz referencia dos migrantes japoneses, no mesmo local encontramos o espetinho, que vem do tradicional churrasco gaúcho, mas aqui é com mandioca. Aqui também temos forte a cultura do tereré, que tem origem nos costumes dos indígenas guaranis”, exemplifica Weingärtner.
A divisão
A divisão do Estado aconteceu em 1977, com a assinatura do presidente Ernesto Geisel, mas o movimento de emancipação é antigo. “Embora tenha sido um ato ditatorial, a divisão do Estado veio atender os desejos dos sul-mato-grossenses, atender os anseios dos divisionistas”, ressalta a historiadora.
Alisolete destaca ainda os principais motivos para a criação de Mato Grosso do Sul. “A divisão se deu no período militar e uma das principais bandeiras é incentivar o desenvolvimento, o interesse geopolítico de Geisel. Além de desafogar pressões sociais, principalmente na região sul do país com a construção da Usina de Itaipu e a falta de acesso à terra”, pondera Weingärtner.
As migrações para o Estado também foram fundamentais para o povoamento de Mato Grosso do Sul e marcaram a cultura e identidade do Estado.
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A historiadora Alisolete Weingärtner (Reprodução)



