Menu
Menu
Busca segunda, 15 de dezembro de 2025
Financial Lançamento
Geral

Brasil recebe certificação de país livre da febre aftosa com vacinação

A maioria dos estados brasileiros já tinha o reconhecimento de zona livre da aftosa com vacinação

24 maio 2018 - 09h47Agência Brasil

Depois de mais de 50 anos de trabalho na erradicação e prevenção da febre aftosa nos rebanhos, o Brasil recebe nesta quinta-feira (24), a certificação de país livre da doença com vacinação, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). As ações, compartilhadas entre os governos federal e estaduais e o setor privado, incluem a vacinação nos pastos, a vigilância nas fronteiras e a estruturação da rede laboratorial do país.

A maioria dos estados brasileiros já tinha o reconhecimento de zona livre da aftosa com vacinação. Agora, com o novo status sanitário, a comercialização de carnes e animais vivos será facilitada, tanto dentro quanto fora do país. “Isso mostra que o país, com um dos maiores rebanhos do mundo, tem se preocupado com as questões sanitárias. Isso passa mais credibilidade e segurança aos compradores”, disse o superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi.

Segundo ele, a certificação de país livre de aftosa pode, inclusive, agregar valor a outros setores, como o da suinocultura. “Não temos o mesmo risco [de outros países onde o vírus da febre aftosa circula], isso agrega um valor muito grande às exportações, os mercados pagam bem melhor. Temos o ganho direto e o indireto”, explicou.

A diretora-geral da OIE, Monique Eloit, entregará o certificado sanitário ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, na sede da organização em Paris, durante a 7ª Sessão Plenária da instituição. A Comissão Científica da OIE aprovou a certificação do Brasil em 2017, mas os 181 países integrantes da organização oficializam a decisão nesta quinta-feira.

No último domingo (20), Maggi discursou na abertura oficial da 86ª Sessão Geral da OIE. Ele disse que o reconhecimento do Brasil como país livre da aftosa com vacinação é “a vitória de uma longa e dura trajetória de muita dedicação de pecuaristas e do setor veterinário oficial”.

O Brasil iniciou o combate organizado à febre aftosa ainda na década de 60, por meio de campanhas de vacinação. “Naquela época, a doença se manifestava de forma endêmica, com milhares de focos por ano. Era um verdadeiro caos sanitário”, disse o ministro no discurso.

A partir da década de 90, as estratégias de combate à doença passaram do controle para a erradicação, com a implantação do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (Pnefa), que previu a ampla participação do setor privado e a regionalização no combate a doenças, entre outras ações.

A última ocorrência de febre aftosa no Brasil foi em 2006, no Paraná e em Mato Grosso do Sul, na região de fronteira com o Paraguai. Em 2007, Santa Catarina recebeu o reconhecimento da OIE como livre de febre aftosa sem vacinação. Esse é o próximo status a ser buscado pelo país: gradativamente, retirar a vacinação do rebanho até 2023, para que, até 2026, haja a certificação internacional pela OIE, de país livre de aftosa sem vacinação.

Para Bruno Lucchi, da CNA, toda a cadeia pecuária brasileira tem ciência do compromisso sanitário. “O produtor rural, ele mesmo já tem internalizado a importância de ter uma condição sanitária melhor. E quem arca com o custo de vacinar o gado é o produtor”, disse. 

O vírus da febre aftosa é altamente contagioso. O animal afetado apresenta febre alta, que diminui depois de dois ou três dias. Em seguida, aparecem pequenas bolhas que se rompem, causando ferimentos. O animal deixa de andar e comer e, no caso de bezerros e animais mais novos, pode até morrer. A doença é causada por um vírus, com sete tipos diferentes, que pode se espalhar rapidamente, caso as medidas de controle e erradicação não sejam adotadas logo após sua detecção. 

O vírus está presente em grande quantidade nas feridas e também pode ser encontrado na saliva, no leite e nas fezes dos animais. A transmissão pode ocorrer por contato direto com outros animais infectados ou por alimentos e objetos contaminados. Calçados, roupas e mãos das pessoas que lidaram com animais doentes também podem transmitir o vírus, que é capaz de sobreviver durante meses em carcaças congeladas.

Reportar Erro
Cartorio - Dez25

Deixe seu Comentário

Leia Também

No Mato Grosso do Sul, o Hospital de Amor possui unidades em Campo Grande e Nova Andradina
Geral
Leilão Direito de Viver arrecada R$ 2 milhões para o Hospital de Amor
Daniel Moreti não resistiu ao período de internação
Geral
Família e amigos se despedem de Daniel Moreti após acidente fatal: 'céu ganhou mais um anjo'
Para aderir ao programa, os interessados devem preencher um requerimento de adesão e protocolar o documento até o dia 23 de dezembro
Geral
Procon-MS oferece até 45% de desconto para quitação de multas administrativas
Caso foi na Escola Estadual José Mamede de Aquino -
Polícia
Após filha ser humilhada por professor, mãe aciona a Polícia em Campo Grande
Módulo de Saúde do Complexo Penitenciário do Jd. Noroeste -
Saúde
Prefeitura deixa faltar medicamentos até na cadeia e promotor investiga
Foto: Divulgação/ Eldorado
Geral
Nova planta da Eldorado reaproveita lodo biológico como combustível
STF -
Justiça
Gilmar Mendes vota para derrubar dispositivos do Marco Temporal e cita omissão da União
Foto: Ilustrativa -
Justiça
Denúncia no Ministério Público aponta possível corrupção na Fundação de Rotarianos em Campo Grande
Paulo Roberto Teixeira Xavier é conhecido em MS por ter visto o filho morrer por engano durante uma 'briga' com a família Name
Justiça
Justiça nega descondenar "PX", policial expulso da PMMS
Orlando Vendramini Neto preso pela Senad -
Justiça
Juiz nega soltar pecuarista acusado de mandar executar fazendeiro em Sete Quedas

Mais Lidas

Vídeo: Após vídeo com críticas à UPA, médica é exonerada em Campo Grande
Cidade
Vídeo: Após vídeo com críticas à UPA, médica é exonerada em Campo Grande
Caso foi na Escola Estadual José Mamede de Aquino -
Polícia
Após filha ser humilhada por professor, mãe aciona a Polícia em Campo Grande
Justiça determinou retorno do transporte
Cidade
Liminar determina retorno de 70% do efetivo dos motoristas em Campo Grande
Promessa do sindicato é nem chegar motoristas aos terminais
Cidade
Sindicato confirma greve de ônibus na segunda-feira na Capital