A morte do Papa Francisco, anunciada oficialmente pelo Vaticano nesta segunda-feira (21), marca o início de uma nova fase para a Igreja Católica, com a abertura do período de luto e os preparativos para a escolha do próximo pontífice.
Os funerais de Jorge Mario Bergoglio, que liderou a Igreja desde 2013, durarão nove dias, com o sepultamento programado entre o quarto e o sexto dia.
Em um gesto que reafirma sua postura humilde e próxima dos fiéis, Francisco será sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e não na tradicional Basílica de São Pedro, como é comum entre os papas.
Ao JD1, o historiador e professor Edgar Pinheiro Delmondes, de 57 anos, Francisco já havia deixado instruções sobre o próprio funeral há alguns meses. “O Papa Francisco era uma pessoa muito simples. Preferiu ser sepultado numa basílica mais modesta. Ele já havia combinado tudo com antecedência”, relatou.
Conclave começa em 20 dias
A sucessão papal será decidida em conclave, que começará oficialmente daqui a 20 dias. O evento reunirá cardeais do mundo inteiro, embora apenas os que têm menos de 80 anos possam votar.
Atualmente, 138 cardeais estão aptos por idade, mas o número máximo permitido para votantes é 120, o que pode exigir ajustes por parte do Vaticano.
Durante o conclave, os cardeais são isolados completamente em uma casa de retiro em Roma. Sem acesso a celulares, redes sociais, televisão ou qualquer tipo de mídia, eles permanecem em oração, reflexão e debate até que um novo Papa seja escolhido.
A eleição acontece por meio de escrutínios secretos, com dois turnos pela manhã e dois à tarde. Para que um candidato seja eleito, é necessário o apoio de dois terços dos votantes.
Caso esse número não seja atingido, os votos são queimados e uma fumaça preta surge da chaminé da Capela Sistina — sinalizando que ainda não há novo Papa. Quando há consenso, a fumaça branca anuncia ao mundo que um novo pontífice foi escolhido.
Perfil do sucessor e as tendências no Vaticano
De acordo com Delmondes, a escolha do sucessor de Francisco poderá indicar os rumos ideológicos da Igreja para os próximos anos. O Papa argentino ficou conhecido por sua postura de acolhimento, aproximação com outras religiões, defesa da justiça social e diálogo com minorias.
“Ele universalizou a Igreja. Falava com todas as culturas, religiões, povos. Sempre transmitia uma mensagem de paz e amor. Era muito aprovado pelo povo e pelas lideranças mundiais”, destacou.
No entanto, dentro do Vaticano há uma corrente forte que defende o retorno a um modelo mais tradicionalista e conservador. A tendência, segundo Delmondes, é que o próximo Papa seja europeu.
“Quando o Papa Francisco foi escolhido, ele não era um dos favoritos. Pode acontecer o mesmo agora. Existem nomes fortes, mas ainda é cedo para fazer apostas. Cada cabeça é uma sentença dentro da Igreja”, concluiu.
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