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Equoterapia possibilita inclusão social e aumento da autoestima de praticantes

21 maio 2017 - 10h53Assessoria de Imprensa

A relação homem-cavalo é de longo tempo. No campo os equinos auxiliam na produção da pecuária e da agricultura, sem contar a eficiência no transporte de cargas. Na segurança eles são úteis, pois são utilizados na montaria de policiais. E claro, que até no esporte eles são essenciais para o desempenho de atletas, como é o caso do enduro equestre, polo e hipismo.

De fato é um instrumento de trabalho e tanto. Quer mais?! Até mesmo para promoção da inclusão social e aumento da autoestima o cavalo tem importância, já que é utilizado como recurso terapêutico na equoterapia.  

A técnica proporciona à pessoa com necessidades especiais e/ou deficiência o desenvolvimento de suas potencialidades conforme seus limites físicos e psicológicos. A prática une saúde, educação, equitação e trato do animal, possibilitando que o praticante se relacione melhor com as pessoas e o ambiente onde vive.

A Equoterapia foi reconhecida como método terapêutico em 1997, pelo Conselho Federal de Medicina. De acordo com as recomendações da ANDE-Brasil (Associação Nacional de Equoterapia), o trabalho com a equoterapia deve ser realizado com uma equipe multidisciplinar, com no mínimo, três profissionais: equitador, fisioterapeuta e psicólogo.  O atendimento só é indicado para pacientes aprovados por uma avaliação médica. 

Assim como acontece em Rio Brilhante e em Jardim, o Sindicato Rural de Aparecida do Taboado, em parceria com o Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, vem transformando a vida da comunidade local com a reabilitação de pessoas com necessidades especiais, por meio da equoterapia.

No início de 2016 o sindicato rural cedeu um espaço dentro do recinto de leilões para a implantação do Centro de Equoterapia que desde maio do ano passado está a galope, literalmente. O local conta com uma estrutura própria para a atividade, com salas de atendimento, recepção banheiros adaptados, picadeiro, rampa baias e pastagens reformadas para atender a alimentação dos quatro cavalos que são utilizados na equoterapia. Todos os colaboradores envolvidos no projeto são contratados pelo sindicato rural que recebe incentivos de empresas privadas do setor, como usina sucroenergética e frigoríficos parceiros, e também do apoio de produtores rurais da região.

O Centro de Equoterapia do Sindicato Rural de Aparecida do Taboado realiza de 30 a 40 atendimentos por semana, de segunda à sexta-feira em horários alternados. Cada sessão dura 30 minutos. Os profissionais atendem pacientes com paralisia cerebral, lesão medular, síndrome de Down, autismo, Síndrome de Noonan - considerada um tipo de nanismo, sequelas de cerebelite e dificuldades de aprendizagem.  

A equoterapia é importante porque corrige postura, melhora equilíbrio, concentração, coordenação, auxilia no desenvolvimento da marcha, e ainda trabalha a mente. “A evolução depende muito de cada um, porém cada paciente apresenta um desenvolvimento, ganho de equilíbrio, melhora na escola tanto na leitura quanto na escrita, melhora de comportamento e ganho de força muscular. É uma alegria a cada relato, uma vitória, conquistas de que o meu trabalho está ajudando cada um de alguma forma, sou grata ao Senar/MS e ao sindicato rural pela oportunidade. Amo o que eu faço!”, destaca a fisioterapeuta, Bruna Félix Martins.

A iniciativa deu mais que certo. “Os resultados são promissores. No início atendíamos apenas os alunos da Apae - Associação de Pais e Amigos Excepcionais da cidade e passamos a auxiliar o tratamento também de quem é da comunidade. A demanda aumentou muito e em breve vamos contratar outro profissional de fisioterapia para o atendimento”, expõe o presidente do Sindicato Rural de Aparecida do Taboado, Eduardo Sanchez.

“Além disso, demos uma utilidade maior ao recinto de leilões sem que atrapalhe os nossos eventos. Esse é um grande projeto que beneficia a população graças ao Senar/MS e o produtor rural”, completa Eduardo.

“O Centro de Equoterapia é fundamental para o desenvolvimento das crianças da Apae, que careciam de atendimento especializado e atividades complementares para diminuir as habilidades deficitárias, que o ensino regular não supre. Utilizamos técnicas didáticas e psicopedagógicas para estimular a motricidade e amenizar o déficit de atenção. São atividades integradas com os cavalos, argolas, cores, e claro que a família também é fundamental nesse apoio, tanto que ela é um agente colaborador da terapia”, explica a psicóloga do centro, Cristina Pires.

Plinio, três anos de idade, é um dos praticantes da equoterapia pela Apae. Ele tem paralisia cerebral. No nascimento faltou oxigenação no cérebro o que prejudicou seu desenvolvimento hoje, em especial a coordenação motora e a fala. “O Plinio chorava muito e não aceitava que outras pessoas fora da família o pegasse no colo. Não falava nada e tinha déficit de atenção. Ele está lá desde o início do projeto e hoje já é perceptível a mudança no seu equilíbrio e até no manuseio com ele. E o mais importante é que já está falando algumas palavras e tem respondido aos nossos chamados com o olhar. Sou muito grata a eles todos pela evolução do meu filho”, aponta a gerente administrativo e mãe do garoto, Cleonice Zeato.  

Daniel Zanino Alves, 33 anos, também é um dos praticantes da equoterapia. Há um ano e meio ele sofreu uma lesão medular após um acidente de trabalho. “Eu perdi todos os movimentos e a sensibilidade dos mamilos para baixo. Hoje graças a Deus e à equoterapia já consigo relaxar os músculos, firmar o tronco e ter equilíbrio. Também estava com dificuldades para fazer as necessidades físicas e agora já estou tendo controle”, afirma.  

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