Relatório divulgado nesta segunda-feira pela CNM (Confederação Nacional de Municípios), na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), percorreu 68 municípios em Mato Grosso do Sul, sendo que 47 admitiram enfrentar problemas com o crack.
Entre os questionamentos propostos pelo relatório, no Estado, dos 68 municípios que responderam à pesquisa, 64 afirmaram que enfrentam problemas com a circulação de drogas, enquanto quatro responderam que não.
Deste número, dos 64 que responderam, seis apontaram o crack é o principal problema, 17 outras drogas e 41 responderam ambos (crack e outras drogas).
Dos 68 que responderam a pergunta "seu município enfrenta problemas relacionados ao consumo de drogas", 65 disseram que sim e outros três não.
Outro dado é que das 68 prefeituras do Estado que responderam se possuem Caps (Centro de Atenção Psicossocial), três afirmaram que sim, outros 20 admitiram que não e 45 não responderam.
O material também traz pesquisa nas execuções orçamentária dos Estados em programas relacionados às drogas e ou enfrentamento do crack. Aponta que, em Mato Grosso do Sul, foram investidos R$ 150 mil em 2010 e R$ 50 mil neste ano.
A pesquisa do CNM que avalia os impactos do crack no País percorreu 4,4 mil municípios. O estudo indica que o consumo da droga tem substituído o consumo de bebida alcoólica.
A substituição, conforme o relatório, nota-se principalmente em cidades de pequeno porte e áreas rurais, sobretudo, pelo baixo custo e acesso à droga.
"Um dos problemas que agrava a devastação que o crack e outras drogas vêm causando à população brasileira está relacionado à região de fronteira do país. O efetivo policial é pequeno, mal remunerado e pouco treinado para enfrentar a dinâmica do tráfico de drogas", diz um trecho da pesquisa.
Relatório - O estudo divulgado nesta segunda foi elaborado com os gestores por telefone e, dos contatados, 84,4% afirmaram que enfrentam problemas com a circulação de drogas em seu território e relataram as situações mais graves. Na primeira pesquisa divulgada em 2010, 98% dos pesquisados confirmaram a presença do crack.
Ainda conforme a Confederação, a maioria dos que responderam as questões – 68% – indicou ocorrências com outras drogas além do crack; 90,7% consideram que o crack é o problema; e 93,9% registram existência de transtornos por causa da circulação do entorpecente.
De acordo com as respostas, 63,7% dos Municípios têm impacto na Saúde.
O segundo setor mais afetado é a Segurança, informa o estudo. Quase 60% dos Municípios listaram vulnerabilidades na segurança. Entre elas: aumento de furtos e roubos, falta de policiamento em áreas de vulnerabilidade e crescimento da violência intrafamiliar, doméstica e rural.
A Educação é mais uma área diretamente atingida com a presença do crack, pelo o que indica o levantamento da CNM. Quase 38% das prefeituras apontam problemas. Entre a queixa mais incidente está o tráfico de drogas nas escolas por meio dos alunos.
Entre as sugestões, conforme o relatório, estão "estruturar uma rede de atenção ao usuário, aplicar as ações voltadas à prevenção, capacitar profissionais para o tratamento de dependentes e incluir a sociedade civil nas políticas públicas são algumas das propostas".
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