A cantora e compositora Cristina Buarque faleceu neste domingo (20), aos 74 anos, no Rio de Janeiro, em decorrência de complicações de um câncer. A morte foi confirmada por seu filho, o cineasta Zeca Ferreira, por meio das redes sociais.
Discreta e longe dos holofotes, Cristina era considerada uma verdadeira enciclopédia do samba por colegas e músicos da velha guarda. Carinhosamente apelidada de “Chefia” pelos sambistas, construiu uma carreira marcada pela reverência às raízes do gênero, sempre com grande rigor e sensibilidade artística.
Filha do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e da pianista Maria Amélia Buarque de Hollanda, Cristina era irmã do cantor e compositor Chico Buarque. Ainda assim, fez questão de trilhar seu próprio caminho musical, só adotando publicamente o sobrenome “Buarque” a partir de 1995 — quando, segundo ela, todos já sabiam que não havia se apoiado no parentesco.
Cristina começou a carreira musical em 1967, como convidada do compositor Paulo Vanzolini no álbum Onze sambas e uma capoeira, onde interpretou Chorava no meio da rua. No ano seguinte, dividiu os vocais com Chico Buarque em Sem fantasia, no terceiro disco do irmão.
Seu primeiro álbum solo, lançado em 1974 e intitulado Cristina, apresentou releituras sofisticadas de sambas de nomes consagrados como Cartola, Noel Rosa, Manacéa, Ivone Lara e Ismael Silva. A canção Quantas Lágrimas, incluída nesse trabalho, a tornou nacionalmente conhecida.
Entre os discos mais emblemáticos da cantora estão Arrebém (1978), Vejo Amanhecer (1980), Cristina (1981) e Resgate (1994). Sua obra influenciou novas gerações, como as cantoras Marisa Monte e Mônica Salmaso.
Foi Cristina, por exemplo, quem trouxe à tona o samba Esta Melodia, de Bubu da Portela e Jamelão, que Marisa regravaria duas décadas depois em seu aclamado álbum Verde, anil, amarelo, cor-de-rosa e carvão (1994).
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