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‘Mulheres de poder’: o machismo ainda é um dos maiores desafios na política, diz vice-prefeita

Em entrevista ao JD1 Notícias, Adriana Lopes diz que ser vice-prefeita é desafiador

07 março 2017 - 12h13Gerciane Alves e Fernanda Palheta
Dr Canela


Aos 40 anos, casada e com filhos criados, a bacharel em Direito Adriana Lopes decidiu, a convite do prefeito Marquinhos Trad, aceitar a cadeira de vice-prefeita da Capital. Definindo o cargo como desafiador Adriana destacou quais seriam o motivos para que poucas mulheres estejam envolvidas no meio político. Esta é a segunda matéria da série ‘Mulheres de poder’ produzida pelo JD1 Notícias nesta semana em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher.

Adriana conta que está inserida no meio político desde criança, já que muitos dos seus familiares estavam nesse meio. “Meu trabalho começou nos bastidores. Meus pais são do interior do Paraná e meus avós de Minas Gerais e todos eram políticos”, destacou a vice-prefeita.

Mudou-se ainda pequena para Campo Grande, aqui construiu a vida e acabou casando com um homem também envolvido com a política, o deputado Lidio Lopes com quem teve dois filhos. Os anos passaram, os filhos cresceram, e formada em direito com pós-graduação em administração pública, Adriana resolveu aceitar um convite eu define como desafiador, ser vice-prefeita de Campo Grande.

No cargo há pouco mais de 60 dias, ela relatou em entrevista a importância da mulher estar envolvida no meio político e quais são os problemas ainda enfrentados pela população feminina. Confira a entrevista.

JD1 - Apesar do cargo máximo da República já ter sido ocupado por uma mulher a participação feminina brasileira nas esferas do poder ainda é baixa. Para a senhora porque poucas mulheres se envolvem na política?

Adriana Lopes- Porque é muito desafiador e ainda há um preconceito muito grande das mulheres na política. Mas eu credito muito no potencial da mulheres, porque nós somos versáteis e a gente consegue fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Eu acredito que nós precisamos despertar mais, principalmente em  Mato Grosso do Sul, onde pouquíssimas mulheres ocupam algumas cadeiras nos poderes, tanto no executivo, quanto legislativo e este é o momento. Eu decidi estar neste momento na política para fazer a diferença e estimular mais mulheres a fazerem parte desse momento da política de MS.

JD1 - Porque você acha que tem poucas mulheres estejam envolvidas na política em Campo Grande?

Adriana Lopes- Pela dificuldade de quebrar paradigmas. Não são todas as mulheres que querem chegar em locais desconhecidos. Eu acho que o desconhecido amedronta muito as mulheres, mas a gente tem que estimular isso, trazer o assunto a tona. São poucas mulheres que estão na política talvez por falta de conhecimento, falta de interesse devido aos problemas que a gente tem vivido, não só no Brasil, mas no nosso estado no nosso município também. Acredito que são os desafios maiores e que precisa ser quebrada essa barreira.

JD1 -  Qual a importância de termos cada vez mais mulheres na política?

Adriana Lopes- Eu acredito que as mulheres podem fazer a diferença pala versatilidade, pelo dom que nós temos de fazer muitas coisas ao mesmo tempo e isso facilita muito. Pela sensibilidade, eu acho que as mulheres são muito sensíveis e a sensibilidade da mulher pode fazer com que política mude não só nos nosso estado mas nos nosso país também.


JD1 -  Em Campo Grande faltam políticas públicas para as mulheres?

Adriana Lopes- Não. Já existem muitas políticas publicas para as mulheres elas precisam só serem desenvolvidas. Elas só precisam ser aplicadas de forma correta. Existem muitos meios, muitas políticas, mas são pouco divulgadas. Hoje  nós temos uma subsecretaria que faz parte  do nosso município, uma subsecretaria que atende as mulheres, mas talvez sejam poucas que tem conhecimento desse atendimento.

JD1 -  Qual será sua contribuição nesse sentido?

Adriana Lopes- Eu vim pra fazer um trabalho ao lado do nosso prefeito. Geralmente vice só aparece para ocupar o cargo do prefeito na sua ausência, eu tomei a decisão de estar ao lado dele junto com a primeira dama para construir uma nova historia para Campo Grande, pra reconstruir a Campo Grande dos nossos sonhos. 

JD1 -  Em toda a sua história Campo Grande nunca teve uma mulher escolhida pelo voto popular para a  prefeitura. Após essa experiência como vice,você já tem planos para tentar a prefeitura?

Adriana Lopes- Não, ainda não. No momento estar como vice é minha pretensão, não tenho planos ainda formatados para o futuro em relação a esse assunto. Porque o meu papel nesse momento é fazer o melhor enquanto vice.

JD1 -  Qual o maior desafio que a mulher enfrenta quando resolve estar a frente de um cargo político?

Adriana Lopes- É o machismo, é o preconceito. Estar em um cargo que anteriormente foi ocupado por muitos homens que hoje se destacam na política de MS é um desafio. Pra mim é desafiador estar como vice porque todos olham e imaginam que seria um homem, mas aqui está uma mulher para fazer a diferença com toda a sensibilidade que nós temos, buscando melhorias em todos os setores, não  só em um assunto. Não viemos para tratar apenas de um assunto, mas de todos os assuntos, numa conjuntura, estando ao lado do prefeito.


JD1 -  Que recado você deixa para as mulheres nessa data tão importante?

Adriana Lopes- Gostaria de parabenizar todas as mulheres sul-mato-grossense e dizer a elas que nós podemos, a gente só precisa acreditar um pouco que nossos sonhos são possíveis. Eu queria dizer para todas que quando a gente sonha e vai em buscar é possível concretizar. Eu estou aqui para representa-las de forma diferente com toda sensibilidade, com toda honra. Que aceitem o desafio, que saiam da zona de conforto e ocupem os lugares que são devidos a todas as mulheres.

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Dr Canela
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