A Polícia Federal (PF) apreendeu hoje (30) mais de R$ 20 mil em notas falsas com o principal suspeito investigado pela Operação Inkjet 2, deflagrada nesta manhã para desarticular um grupo que fabricava e comercializava dinheiro falsificado. As notas eram fabricadas em Porto Alegre e distribuídas para todo o Brasil.
O suspeito, que não teve o nome revelado pela PF, foi preso e os agentes também levaram uma impressora jato de tinta usada para fabricar o dinheiro e cédulas verdadeiras que eram utilizadas como matrizes para a falsificação. Segundo a polícia, o suspeito já havia sido preso e condenado pelo mesmo crime, em 2010, mas não chegou a cumprir a pena porque recorreu da condenação.
A chefe da Delegacia de Polícia Fazendária na PF de Porto Alegre, delegada Maria Lúcia Wunderlich dos Santos, disse que o suspeito incrementou a atividade criminosa nos últimos anos ao usar as redes sociais para comercializar o dinheiro falsificado.
“Até 2010, a gente tinha notícia de que ele distribuía muito aqui no estado. Agora, ele tem um alcance maior, com clientes de todo o Brasil.” Segundo a delegada, a cobrança pela falsificação era feita na proporção de uma nota verdadeira para cada seis notas falsas. A PF estima que o suspeito imprimia cerca de R$ 100 mil em cédulas falsas a cada mês.
A investigação durou cerca de dois meses. Diversas apreensões foram feitas ao longo desse período com a ajuda dos Correios, que interceptavam pacotes com as cédulas falsas enviadas aos compradores.
Hoje de manhã, quando a operação foi deflagrada, a polícia também cumpriu um mandado de condução coercitiva na cidade de Guapó (GO), contra uma pessoa suspeita de intermediar as negociações.
Segundo a delegada federal, o número de envolvidos no negócio criminoso deve ser maior. “Essa vai ser uma segunda fase da investigação, para ver quem são todos os contatos dele, se ele falsificava sozinho ou se contava com o auxílio de mais alguém.” A PF também pretende localizar e indiciar os compradores do dinheiro falso produzido em Porto Alegre.
Falsificação de qualidade
A Polícia Federal classificou a falsificação das cédulas como “de ótima qualidade”. As notas de R$ 20, que eram as mais copiadas, continham inclusive a tarja metálica presente nas verdadeiras. Segundo a PF, as cédulas falsas desse valor são as mais encomendadas porque não estão sujeitas ao mesmo rigor de verificação que as notas de R$ 50 e de R$ 100.
“É muito fácil de passar uma dessas no comércio, por exemplo. Mas uma pessoa com experiência em cédula falsa vai reparar que ela é mais lisa, que não tem todos os elementos de segurança de uma cédula verdadeira”, explicou a delegada.
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