Uma organização criminosa especializada em fraudes para obtenção de pensão por morte, estruturada a partir de servidor da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), foi desmantelada hoje através da "Operação Uruboros", realizada pela Polícia Federal de Ponta Porã em parceria com o Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
Dois mandados de prisão preventiva, 14 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de condução coercitiva foram expedidos na manhã de hoje, 03.
De acordo com a polícia, o grupo registrava falsamente crianças como se fossem filhos de indígenas já falecidos com o intuito de obter a pensão. Como o benefício não vai para crianças e adolescentes, o grupo se apropriava de grandes valores referentes à pensão.
A organização possuía esquema logístico bem estruturado de transporte dos indígenas para a confecção de documentos pessoais e expedição de registros administrativos de nascimento junto à FUNAI ideologicamente falsos que eram utilizados para dar credibilidade aos registros civis tardios.
Um advogado patrocinava pedidos de guarda de menores por parte de indígenas aliciados para a fraude, tirando a guarda de crianças de seus guardiões atuais para se apropriar dos benefícios previdênciários.
A operação foi batizada de "Uroboros" em alusão à serpente mítica que é representada engolindo seu próprio rabo. A imagem buscou simbolizar o caráter destrutivo da cobiça e da ganância que moveram a organização investigada.
Levantamentos apontaram que, em apenas cinco fraudes, a soma dos prejuízos evitados e causados ao INSS gira em torno de R$1 milhão. Os documentos apreendidos, entretanto, mostram que o valor ultrapassa o milhão.
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