Após 40 dias, a prefeitura de Campo Grande ainda não apresentou o relatório sobre a auditoria instaurada para apurar a denúncia sobre o sumiço de vacinas de H1N1 da rede pública municipal. Conforme publicação no Diário Oficial, o prazo estabelecido para a conclusão dos trabalhos seria de 30 dias.
A auditoria foi instaurada após notícias denunciarem a falta de vacinas nos postos de saúde e questionarem o “sumiço” de cerca de 3 mil doses, que a prefeitura não soube explicar até hoje onde foram parar.
Na época, o secretário municipal de Saúde, Ivandro Corrêa Fonseca atacou o Governo do Estado por não disponibilizar a quantidade necessária, mas documentos da Secretaria de Estado comprovaram a quantidade de doses encaminhadas à capital e ele teve de se calar.
Após isso, as críticas foram ao Instituto Butantan que foi acusado por ele de fraude, por supostamente enviar frascos com quantidade inferior de vacina, o que foi desmentido tanto pelo Ministério da Saúde, quanto pela própria entidade.
Diante da falta de explicações para o sumiço das vacinas o secretário ainda postou em seu perfil no Facebook um texto acusando a imprensa de ser "marrom" e insistindo na própria versão.
Caso de polícia
O ex-servidor municipal Carlos Roberto Pereira chegou a registrar uma queixa-crime com direito a boletim de ocorrência e apresentou detalhes aos Ministérios Públicos Estadual e Federal de que assessores do prefeito e secretários municipais teriam recebido vacinas de maneira exclusiva, mesmo sem fazer parte do grupo prioritário.
Carlos Pereira afirmou que tentou vacinar a sobrinha que está em tratamento contra um câncer e não conseguiu. Diante disso, ficou revoltado ao ler notícias sobre o sumiço das vacinas e apresentou denúncia no MPE e MPF.
Segundo o boletim de ocorrência, uma funcionária com o nome de Cássia e que seria chefe do setor de vacinas da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) teria realizado todo o atendimento para os funcionários.
Inquérito
No final de maio, o Ministério Público Estadual, por ato da promotora de Justiça Filomena Aparecida Depolito Fluminhan, já havia instaurado inquérito civil em razão da possível insuficiência na quantidade de vacina trivalente de imunização contra o vírus influenza A e B, disponibilizada na Rede Pública do Município de Campo Grande
CPI
No dia 7 de junho, a Câmara Municipal instaurou CPI (Comissão Parlamentar de inquérito) para apurar a situação. Além disso, a prefeitura afirmou por meio de assessoria que seria feita auditoria. Os números são divergentes, uma vez que há informações de que teriam desaparecido 3 mil doses e outras que na verdade seriam 32 mil doses.
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