Marcílio Lopo, servidor do câmpus de Coxim da UFMS descobriu, em 2003, uma nova espécie de orquídea, na região Norte de Mato Grosso do Sul. A descoberta aconteceu a partir de um projeto de interesse pessoal pelas espécies: a catalogação de orquídeas daquela região. Anos depois, Marcilio decidiu reunir em um livro as informações sobre a sua história com as orquídeas. O livro: “Orquídeas no Portal do Pantanal”, produzido pela Editora UFMS, tem lançamento previsto para este segundo semestre deste ano.
Autodidata, Marcílio encontrou seu primeiro exemplar de orquídea em 1999, no município de Sonora. Muitas espécies foram catalogadas desde então, na região Norte, até a descoberta, quatro anos depois, da espécie que hoje leva seu nome, em latim: Prosthechea marciliana.
Quando decidiu realizar o projeto de catalogação de orquídeas, Marcílio recebeu apoio do senhor Juarez Pereira (1959-2013), então Presidente da Associação Campograndense de Orquidófilos (ACO), que o orientou a filiar-se à ACO e, desde então, começou a participar de eventos relacionados ao tema.
Lopo realiza suas pesquisas nos feriados e finais de semana, visitando fazendas da região. Numa dessas visitas, na Fazenda Matinha, localizada entre os municípios de Coxim e Alcinópolis, em 2003, Marcílio encontrou uma espécie que não conseguiu identificar. Então, encaminhou uma amostra da planta para uma autoridade em Botânica, senhor Marcos Antônio Campacci, que após avaliação, declarou ser uma nova espécie, que não estava catalogada e era desconhecida do meio científico.
A nova espécie foi então catalogada e identificada com o nome científico: Anacheilium marcilianum (posteriormente renomeada Prosthechea marciliana). A catalogação foi apresentada na revista “Coletânea de Orquídeas Brasileiras Novas Espécies e Híbridos Naturais”, em julho de 2007.
O servidor, que está há mais de 15 anos catalogando orquídeas nessa região, acredita que ainda há muito trabalho a ser feito. “Essa pesquisa não atingiu nem 0,5% de todas as orquídeas existentes na região Norte do Estado. Certamente existem muitas outras espécies para serem descobertas”, avalia.
Marcílio continua com suas pesquisas e já descobriu quatro novas espécies, todas do gênero Catasetum que estão em processo de catalogação.
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