O chefe de segurança e disciplina do Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, Ricardo Marques Sarto, explicou que o traficante Antônio Bomfim Lopes, o Nem, seguirá por cerca de 20 dias isolado na unidade, sem banho de sol no pátio e com direito à visita apenas do advogado. Saito explica que Nem só poderá receber visita de familiares se eles fizerem cadastro no Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e obtiverem autorização, que é concedida após investigação detalhada do órgão.
Nem foi transferido no sábado (19) do presídio de Bangu I, na Zona Oeste do Rio, para a unidade prisional em Campo Grande, com outros três traficantes: Flávio Melo dos Santos, Carré e Coelho.
A rotina faz parte de um regime de inclusão aplicável a todos os que ingressam na unidade, segundo o chefe de segurança. "Ele vai passar por vários setores da unidade, como saúde, reabilitação e segurança. Depois, serão repassadas a ele as regras da unidade, bem como os direitos e deveres. Haverá ainda avaliação de médicos, psicólogos e assistentes sociais", diz.
O ex-chefe do tráfico na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, deve passar por análise de comportamento, para que os agentes avaliem se o traficante poderá ter contato com outros presos, informou Sarto.
Infraestrutura
O Presídio Federal de Campo Grande tem 208 celas individuais com 7 metros quadrados cada. São quatro setores e diversas alas que abrigam, no máximo, 13 presos. A operação de grades e portões é automatizada, e câmeras de monitoramento vigiam os presos 24 horas por dia. No teto de cada cela, há uma claraboia blindada por onde entra luz natural.
Pela unidade de Mato Grosso do Sul, já passaram criminosos como os traficantes Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e o colombiano Juan Carlos Ramirez-Abadía. Atualmente, há 119 detidos na penitenciária de segurança máxima, entre eles o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, e João Arcanjo Ribeiro, o Comendador.
Porta-malas
Nem foi preso na madrugada do dia 10 de novembro, na Lagoa, Zona Sul da cidade, quando tentava fugir da Rocinha escondido no porta-malas de um carro Toyota Corolla preto. O veículo em que estava foi abordado por policiais do Batalhão de Choque que faziam uma blitz em um dos acessos à favela. O traficante e os advogados que o acompanhavam foram levados para a sede da Polícia Federal, na Zona Portuária, onde foram ouvidos.
No carro, os policiais militares do Batalhão de Choque (BPChoque) encontraram, ao todo, 59.900 reais e 50.500 euros em espécie, além de cinco celulares. Somada, a quantia chega a cerca de R$ 180 mil. No dia 9, Carré, Coelho e outros suspeitos foram presos durante uma ação da Polícia Federal na Zona Sul. Entre os presos estavam três civis e dois ex-PMs -, que escoltavam o bando que tentava fugir da Rocinha.
O traficante, um dos mais procurados do Rio, era apontado como o chefe do tráfico da Favela da Rocinha. Três dias após a prisão do traficante, policiais militares, civis e federais, com o apoio de fuzileiros navais, ocuparam as favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu. Desde então, mais de 70 fuzis, drogas, munição e carregadores foram apreendidos. A região receberá a 19ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da cidade.
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