Quase a metade das vagas ofertadas pela Universidade de São Paulo (USP) no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), no início do ano, não foi preenchida, de acordo com balanço divulgado pela instituição. A USP aponta as altas exigências dos cursos como um dos motivos e pretende rever os critérios para a próxima edição do programa.
Esta foi a primeira vez que a USP participou do Sisu, sistema do Ministério da Educação (MEC) que seleciona estudantes para o ensino superior com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Do total de 1.489 vagas ofertadas no programa, 814, o equivalente a 55%, foram preenchidas. As 675 vagas remanescentes do Sisu foram ofertadas pelo vestibular tradicional da Fuvest.
“Um fator preponderante foi o dos critérios mínimos estabelecidos para os candidatos. Em vez de definirem uma nota média mínima no Enem, muitos cursos definiram uma nota mínima exigida para cada uma das provas, bem como os pesos atribuídos a cada uma delas. Foi aí que aconteceu o descompasso”, disse, em nota, o pró-reitor de Graduação, Antonio Carlos Hernandes.
A pontuação mínima exigida pela USP chegava a 700 pontos para alguns cursos, nota muito acima da média de 502,5 obtidas pelos estudantes no Enem 2015, a edição exigida para participar do Sisu deste ano.
Hernandes avaliou a participação no programa como um "bom avanço" e disse que para 2017 a USP deve corrigir os problemas operacionais. A instituição estuda rever as notas de corte exigidas. Neste ano, os ingressantes do Sisu obtiveram uma média geral de 716 pontos e as notas em todas as provas do Enem foram acima de 500.
Em relação ao perfil dos estudantes que ingressaram pelo Sisu, observa-se que 567 (70%) são alunos que cursaram o ensino médio exclusivamente em escolas públicas, 163 (20%) são alunos matriculados na categoria denominada ampla concorrência e 84 (10%) são alunos oriundos de escolas públicas e autodeclarados pretos, pardos e indígenas.
O Sisu também atraiu mais estudantes de outros estados. Entre os ingressantes por meio do SiSU, 15% são de outros estados do país, percentual acima da média registrada nos últimos vestibulares da Fuvest, que é de 11%.
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