Após briga entre facções que deixou 26 presos mortos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Natal (RN), no último sábado, integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) aparece em um vídeo gravado na Penitenciaria Máxima de Campo Grande comentando e comemorando sobre a chacina.
No áudio que está rolando pelas redes sociais, mostra que um membro da maior facção criminosa do país, comenta em alto e bom som, ao redor de outros detentos que também faz parte do Primeiro Comando da Capital, que nenhum integrante do PCC está entre os mortos no massacre. O vídeo ainda mostra gritos de guerra como “Um por todos, todos por um”, e também uma organização de uma possível ação no Estado.
Desde o começo de janeiro já foram contabilizados 135 detentos mortos em briga entre aliados do Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), em penitenciarias da região Norte e Nordeste do país.
Seis líderes do PCC serão transferidos ainda hoje (17), para penitenciárias federais, A informação foi divulgada pela Agência Brasil de manhã pelo governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria. Ele se reuniu em Brasília com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.
Outras mortes
No dia 6 de janeiro (6), outro vídeo rolou em redes sociais, onde um detento comemorando a morte do interno, Makanaky Nobre dos Santos Nascimento, que foi para o Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande no dia 16 de dezembro de 2016. O áudio dizia “Vergonha aí oh, CVZão, pendurado,esse pilantra do c*. Oh que bonitinho que ele ta. Vai bocó, vai segurando “, comemora o preso enquanto filma.
O detento morto cumpria pena por tráfico de drogas e seu corpo foi encontrado no saguão superior do pavilhão 2, ala B. O homem estava enforcado com uma corda artesanal, chamada de “Tereza”, que estava presa na janela de um banheiro.
Outro detento, Cristiano de Carvalho Mello, 29 anos, foi também foi morto por detentos rivais na Penitenciária de Naviraí.
Ele foi encontrado morto no dia 12, enforcado com uma corda artesanal em uma das celas do presídio, e segundo a assessoria a perícia técnica foi chamada para fazer as averiguações no local. Além disso, como é de praxe, a Polícia Civil investiga o caso.
Cristiano cumpria pena por tráfico de entorpecentes e estava preso desde 31de agosto de 2014. Essa foi à segunda morte, também por enforcamento. Ele é apontado como integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) que estaria em “guerra interna” com outras facções como o Comando do Norte e Comando Vermelho. As brigas entre os bandos já deixaram um saldo de cem mortos nas rebeliões que ocorreram em Manaus e Roraima.
De acordo com o diretor presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração Penitenciária) Ailton Stroppa afirmou que diante dos últimos acontecimentos de rebeliões que resultaram em dezenas de mortes em presídios da região Norte e Nordeste do país, colocou a direção em estado de alerta.
“Claro que há um alerta, mas acompanhamos minuto a minuto o sistema prisional estadual para nos anteciparmos a quaisquer ações, no sentido de evitá-las. Ao mesmo tempo, a Agepen e todas as forças policiais estão preparadas para dar resposta pronta e efetiva às crises”, afirmou em entrevista ao JD1 Notícias.
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