O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou nessa sexta-feira (14) que Ebrahim Rasool, embaixador da África do Sul no país, é persona non grata, chamando o enviado de "político que faz ataques raciais" e que odeia os Estados Unidos e o presidente Donald Trump.
"O embaixador da África do Sul nos Estados Unidos não é mais bem-vindo em nosso grande país", disse Rubio em uma publicação na plataforma de mídia social X. "Não temos nada a discutir com ele e, portanto, ele é considerado PERSONA NON GRATA", disse Rubio.
Rasool havia participado de um evento online no qual criticou a administração Trump, acusando o presidente norte-americano de adotar discursos próprios do supremacismo branco e criar uma narrativa onde os brancos são as vítimas em seu país.
Em nota, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, classificou como "lamentável" a decisão do governo norte-americano e afirmou que continuará trabalhando por uma boa relação entre os dois países.
"A Presidência insta todas as partes interessadas relevantes e impactadas a manterem o decoro diplomático estabelecido em seu envolvimento com o assunto. A África do Sul continua comprometida em construir um relacionamento mutuamente benéfico com os Estados Unidos da América".
Distanciamento
Os laços entre os Estados Unidos e a África do Sul se deterioraram desde que Trump cortou a ajuda financeira dos EUA ao país, citando a desaprovação de sua política fundiária e a denúncia de genocídio apresentada pelo país africano contra Israel na Corte Internacional de Justiça. Israel é um aliado do governo norte-americano.
Trump disse, sem citar provas, que "a África do Sul está confiscando terras" e que "certas classes de pessoas" estão sendo tratadas "muito mal". O bilionário Elon Musk, nascido na África do Sul e integrante do governo Trump, disse que os sul-africanos brancos têm sido vítimas de "leis racistas de propriedade".
O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, sancionou um projeto de lei em janeiro com o objetivo de possibilitar a expropriação de terras pelo Estado, sob argumento de interesse público; em alguns casos sem compensar o proprietário.
O objetivo da medida seria corrigir a política de desapropriação de terras da população negra ocorrida ainda na época do apartheid, regime de segregação racial ocorrido entre 1948 e 1994. Mais de 30 anos após o fim desse regime, a maioria das terras do país ainda pertence a uma minoria branca.
Ramaphosa defendeu a política e disse que o governo não havia confiscado nenhuma terra. Segundo ele, a política tinha como objetivo nivelar as disparidades raciais na propriedade de terras na nação de maioria negra.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Vento cruzado faz avião pousar "de lado" na Indonésia; vídeo

Prefeitura de Niterói pagou R$ 55 mil para o translado do corpo de Juliana Marins

Irã realiza cortejo fúnebre para cientistas, militares e civis mortos na guerra com Israel

Aos 79 anos, homem será executado nos EUA após quase 50 anos no corredor da morte

Corpo de brasileira é resgatado após quase 15 horas de operação na Indonésia

Trump acredita que novo conflito entre Israel e Irã recomeçará em breve

Trump anuncia trégua, mas Israel acusa Irã de violação

Trilhas em vulcão na Indonésia somam 9 mortes e 180 acidentes em 5 anos

JD1TV: Tiktoker que denunciava gangues e policiais corruptos é morto ao vivo
