Parlamentares israelenses aprovaram a dissolução do Parlamento nesta quinta-feira (30), colocando o país a caminho de uma segunda eleição, depois que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu fracassou na tentativa de formar uma coalizão de governo antes do prazo estabelecido para a meia-noite dessa quinta-feira.
A previsão é de que o novo pleito, que será o segundo no ano, ocorra em setembro. O fato teve repercussão sem precedentes, segundo observadores, mesmo em um país acostumado com conflitos políticos internos, além de representar uma derrota para Netanyahu, que havia saído vitorioso nas últimas eleições no dia 9 de abril.
A votação do Parlamento, que acabou em 74 a 45 votos favoráveis à dissolução, aconteceu poucos minutos após o término do prazo para que Netanyahu formasse nova coalizão.
Nos próximos meses, ele deve se tornar o primeiro-ministro a ficar mais tempo no cargo.
A turbulência política começou com uma disputa entre os aliados de Netanyahu - o ex-ministro da Defesa Avigdor Lieberman, de extrema direita, e partidos ligados ao judaísmo ultra-ortodoxo - em relação ao recrutamento militar.
Os partidos religiosos não querem que seus jovens estudantes seminaristas ultra-ortodoxos sejam forçados a cumprir o serviço militar obrigatório. Mas Lieberman e outros israelenses querem que eles compartilhem o dever militar.
Uma nova eleição representaria uma derrota menor para Netanyahu do que sua alternativa, na qual o presidente de Israel, Reuven Rivlin, poderia ter pedido que outro político formasse uma coalizão de governo.
Confrontado com a possibilidade de ter que assistir um de seus rivais políticos em uma posição de protagonismo, Netanyahu angariou votos suficientes para dissolver o Knesset (Parlamento), que tem 120 membros.
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