O cessar-fogo “completo e total” entre Israel e Irã, anunciado de forma repentina pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na noite desta segunda-feira (23), foi rapidamente colocado em dúvida poucas horas após sua entrada em vigor.
Nesta terça-feira (24), as tensões ressurgiram após Israel acusar o Irã de violar o acordo, com a promessa de "responder com força".
Apesar da escalada verbal, um alto funcionário da segurança iraniana declarou que nenhum míssil havia sido disparado após a meia-noite (horário de Brasília). Ainda assim, as Forças de Defesa de Israel afirmaram ter interceptado dois mísseis lançados do Irã, o que teria motivado o alerta militar israelense.
Pouco antes de embarcar para a cúpula da Otan, na Holanda, Trump afirmou que ambos os lados violaram o acordo, expressando frustração especialmente com Israel:
“Não estou satisfeito com Israel. Quando digo ‘ok, agora você tem 12 horas’, você não sai na primeira hora. Também não estou satisfeito com o Irã”, disse o presidente americano a repórteres.
Contudo, horas depois, Trump publicou na rede Truth Social que Israel não atacaria o Irã e que o acordo de cessar-fogo seguia em vigor, em uma tentativa de manter a trégua ativa.
Trégua surgiu após ataque frustrado ao Catar
O anúncio do cessar-fogo veio após uma série de eventos tensos. No último domingo (23), o Irã lançou mísseis em resposta a ataques americanos contra instalações nucleares.
Os projéteis foram interceptados pelo Catar, onde está localizada a Base Aérea de Al Udeid, administrada pelos EUA. Apenas um dos mísseis atingiu o solo, sem deixar vítimas.
Segundo fontes diplomáticas, o ataque limitado e o aviso prévio do Irã à base norte-americana foram interpretados como uma tentativa de evitar uma escalada maior, abrindo caminho para a trégua anunciada por Trump.
Apesar do anúncio de cessar-fogo e da ausência de novos ataques significativos nas últimas horas, a situação no Oriente Médio segue volátil.
A credibilidade do acordo foi abalada por acusações mútuas e declarações contraditórias, inclusive por parte do próprio Trump, que ora celebra a trégua, ora critica sua fragilidade.
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Momento exato em que um míssil iraniano cai na cidade de Haifa (Reuters)



