Em áudio interceptado pela Polícia Federal (PF), o tenente-coronel Mauro Cid teria defendido que um golpe de Estado ocorresse antes do dia 12 de dezembro de 2022, data em que ocorreu a diplomação do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin.
“Vou conversar com o presidente. O negócio é que ele tem essa personalidade, às vezes. Ele espera, espera, espera, espera pra ver até onde vai, ver os apoios que tem. Só que, às vezes, o tempo tá curto. Não dá pra esperar muito mais passar. Dia 12 seria… Teria que ser antes do dia 12, mas com certeza não vai acontecer nada” afirmou Cid em mensagem enviada ao general Mario Fernandes.
A conversa entre os dois ocorreu em 8 de dezembro de 2022, e mostra que Mario estava preocupado em perder o controle sobre a massa de pessoas envolvidas nas manifestações que estavam nas ruas e que questionavam os resultados das urnas.
Na ocasião, o general cita que teve uma conversa com o então presidente Jair Bolsonaro, onde ele teria dito que qualquer ação poderia ser feita até o dia 31 de dezembro. “Mas, porra, aí na hora eu disse: ‘Pô, presidente, mas o quanto antes. A gente já perdeu tantas oportunidades”, disse Fernandes no áudio.
“E aí, depois meditando aqui em casa, eu queria que, porra, de repente você passasse pra ele dois aspectos que eu levantei em relação a isso. A partir da semana que vem, eu cheguei a citar isso pra ele, das duas uma: os movimentos de manifestação na rua, ou eles vão esmaecer ou vão recrudescer. Recrudescer com radicalismos e a gente perde o controle, né? Pode acontecer de tudo. Mas podem esmaecer também”, sugeriu o general.
“O segundo ponto é o seguinte, eu estou tentando agir diretamente junto às forças, mas, pô, se tu pudesse pedir para o presidente ou para o gabinete do presidente atuar”, completou.
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