Uma decisão liminar do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) suspendeu, de forma parcial, o pagamento de um precatório de mais de R$ 15 milhões à empresa S&A Construções e Serviços Ltda, em disputa judicial contra a Prefeitura de Campo Grande.
O processo começou em 1999, quando a Prefeitura foi condenada a indenizar a empresa por danos materiais no valor de R$ 3,2 milhões. Desde então, houve uma disputa judicial durante o cumprimento da sentença. Com o passar do tempo, por causa das atualizações, correções e juros, o valor a ser pago passou para mais de R$ 15 milhões — valor que a Prefeitura questiona.
O município alega que houve erro nos cálculos de correção, principalmente porque foi incluída, de forma incorreta, a capitalização de juros, que não é permitida pela legislação. A Procuradoria Municipal afirma que esse erro chegou a ser detectado pela própria equipe de Cálculos e Liquidação de Precatórios do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).
No entanto, mesmo com a constatação, a S&A impetrou mandado de segurança e conseguiu manter o valor integral. No meio da "guerra" o município alega que não foi intimado em várias fases do processo, incluindo decisões importantes, manifestações do Ministério Público e sessões de julgamento, o que teria comprometido o direito à ampla defesa.
Com isso, a Prefeitura entrou com uma ação rescisória e solicitou liminar para suspender os efeitos da decisão que autorizou o pagamento total. A medida foi concedida pelo desembargador Luiz Tadeu Barbosa Silva, relator do caso, que reconheceu a existência de indícios de nulidade e determinou a suspensão parcial dos efeitos da decisão anterior.
Segundo o relator, a liminar não anula o direito da empresa receber a indenização, mas suspende a parte que está sendo contestada, até que o caso seja julgado definitivamente. Agora a empresa será citada para apresentar defesa em até 30 dias.
O processo segue em tramitação no TJMS e, até a conclusão, o pagamento integral do precatório está suspenso. A Prefeitura argumenta que o valor contestado representa risco significativo aos cofres públicos e pode comprometer serviços essenciais.
JD1 No Celular
Acompanhe em tempo real todas as notícias do Portal, clique aqui e acesse o canal do JD1 Notícias no WhatsApp e fique por dentro dos acontecimentos também pelo nosso grupo, acesse o convite.
Tenha em seu celular o aplicativo do JD1 no iOS ou Android.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

TSE encerra teste público de segurança das urnas eletrônicas

STF marca julgamento sobre morte de Marielle Franco e Anderson Gomes

TJMS nega liminar para soltura de motorista que atropelou e matou jovem em Coxim

Advogados devem peticionar novos processos previdenciários pelo eproc em 10 cidades de MS

Adriane tenta suspender promoção de médicos alegando crise, mas desembargador nega

Justiça absolve acusado de matar o pai a facadas e aplica internação por tempo indeterminado

Foragidos da Justiça, envolvidos em roubo, são capturados pela PM na região norte

OAB/MS tem liminar suspensa pela Justiça Federal no caso do golpe do falso advogado

Moraes pede data para julgar réus pelo assassinato de Marielle Franco


Fachada da prefeitura de Campo Grande (Foto: Divulgação/Prefeitura Municipal de Campo Grande)




