O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria Geral da República (PGR) um pedido de manifestação do órgão sobre o pedido de autorização feito pela Polícia Federal (PF) para que haja o uso sas informações obtidas nas apurações do inquérito de suposto plano de golpe em 2022 no caso da “Abin paralela”.
Segundo a PF, ela vê ligação entre servidores públicos que podem estar envolvidos nos dois casos e acredita que tais fatos podem levar a uma condenação na esfera administrativa.
A PF abordou, durante investigação, fatos relacionados ao eixo de atuação “tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito” que tem semelhanças com os procedimentos adotados na “Abin paralela”.
No pedido a Moraes, a corporação destacou que “os elementos de prova colhidos durante a fase ostensiva da presente investigação poderão subsidiar as apurações relativas à constituição criminosa de uma estrutura de inteligência paralela dentro da Abin”.
O documento assinado pelo delegado Fabio Alvarez Shor aponta que a investigação conduzida nos autos da Petição nº 12.100/DF, sobre a trama golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder, identificou a participação de servidores lotados na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Eles teriam atuado com a finalidade de disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro e assessorar Bolsonaro com estratégias de ataques às instituições democráticas, ao Poder Judiciário e seus membros.
“Vários servidores policiais federais atuaram, dentro da divisão de tarefas estabelecida pelo grupo criminoso, para desenvolver ações voltadas a desestabilizar o Estado Democrático de Direito”, disse Shor no pedido.
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