Vejo a questão do Direito de Propriedade como o próximo desafio a ser enfrentado pelo Governo Lula. Movimentos de “Sem-Terra” começam a se animar com a possibilidade do retorno ao tempo em que invasões eram consideradas necessidades sociais e não crime. Ao mesmo tempo a AGU se propõe a mudar sua posição e passar a defender o não estabelecimento do “Marco Temporal” na questão indígena, que está em discussão no STF.
Isto é péssimo e vai causar alvoroço e conflitos por todo o país.
Não custa lembrar que sem marcos temporais não existe o Direito “Líquido e Certo”. Ou seja, inexiste a Segurança Jurídica.
Não conheço país que tenha realmente avançado sem que ali estivesse estabelecido o Império da Legalidade.
Lula errará enormemente se decidir ceder aos setores mais radicais dos partidos que o apoiam em busca de sustentação popular e política. Bolsonaro fez isto e acabou incendiando o país e perdendo uma eleição ganha. O Brasil precisa de consensos mínimos e o necessário é que o respeito ao Direto de Propriedade e a Segurança Jurídica sejam alguns destes.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

OPINIÃO - Conexão vital com a natureza: um elo que não podemos perder

OPINIÃO: Seguro de vida militar: Conheça seus direitos e quando buscar orientação jurídica

OPINIÃO - Mordidas em Bonito: quando o peixe abocanha sem anzol

OPINIÃO: Representação parlamentar caolha

Opinião - Verificação KYC: O que é e como funciona?

Preto no Branco: Retorno de desembargadores dura menos de 24h

Preto no Branco: Investigação expõe 'manobra' para beneficiar empresário

OPINIÃO: Stalking: O crime que parece roteiro de filme de terror

Preto no Branco: Começa a debandada tucana
