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Trigo é trigo, joio é joio

15 julho 2017 - 09h57Sérgio Longen

O Brasil vive um momento que merece ser olhado com mais cuidado e profundidade. Apesar da instabilidade política, o Congresso Nacional e as ações econômicas do próprio Governo Federal não pararam e, por isso, devem ser reconhecidos. Já é fato que o período que vivemos tem dado muito mais atenção e notoriedade aos acontecimentos negativos do que às conquistas e aos fatos positivos e, por isso, quero fazer uma abordagem nesse artigo focado somente em avanços e conquistas que o Brasil teve nos últimos 12 meses.

Na linha do tempo, o início de 2016 foi desesperador. A inflação estava a caminho dos dois dígitos e a taxa de juros beirava os 15 pontos percentuais. As linhas de crédito eram cada vez mais escassas, as empresas estavam demitindo e fechando suas portas e o Brasil batia recorde atrás de recorde no número de ações trabalhistas ocupando a liderança mundial nesse quesito.

O PIB crescia para baixo e a mais temida de todas as notícias foi dada pelos especialistas: A recessão havia atingido o coração da pátria verde e amarela. 

Nesse período analisado, mesmo em meio à turbulência, a equipe econômica do novo governo, manteve o foco estabelecido por Henrique Meireles e o congresso entendeu, que não poderia parar suas ações para discutir apenas política. Neste passo, os primeiros resultados começaram a aparecer e hoje a soma de conquistas para a população já é muito grande. 

A aprovação do teto dos gastos foi a primeira dose do remédio amargo. Ninguém pode gastar mais do que ganha. Só isso, já foi suficiente para o mercado externo voltar a olhar o Brasil com seriedade. A alta taxa de juros, que no ano passado chegou a 14,25%, hoje está em 10,25% e, até o fim do ano, aponta para apenas um dígito. O que, para a classe empresarial que precisa de financiamento, é fundamental. 

O bolso do consumidor também sentiu a diferença nos números da inflação, que em 2016 estava em 9,32% na variação acumulada do IPCA e hoje está absolutamente controlada em 3% apenas. Os Estados também foram contemplados com a revisão de suas dívidas. 

Além disso, a convalidação dos incentivos fiscais, votada e aprovada por Câmara e Senado, foi a realização de um grande sonho que dá total segurança aos empresários que investem no País e aniquila qualquer imbróglio jurídico em torno dessa questão. Positivo também foram as linhas de créditos, que voltaram a fazer parte do planejamento do setor produtivo do Brasil. Só em Mato Grosso do Sul, o FCO foi de R$ 1,2 bilhão para R$ 2,3 bilhões disponíveis para empréstimo pelo Banco do Brasil.

Capítulo à parte merece a reforma trabalhista, sancionada na última quinta-feira (13/07) em Brasília (DF). Essa modernização vai fazer toda diferença para o futuro das gerações, não tenho a menor dúvida. Uma lei moderna que avança, garante todos os direitos e gera muitas oportunidades de trabalho e renda para os mais de 14 milhões de pessoas que buscam uma colocação no mercado. Essa modernização dá condições para o empresário criar mais postos de trabalho e para o trabalhador poder ser dono da sua decisão de como e de que modo prefere trabalhar. 

Esse é o Brasil que queremos. Essas são ações desenvolvidas nos últimos meses que alimentam nosso ânimo em seguir trabalhando e lutando por um país desenvolvido e com oportunidades para todos. Por isso, finalizo esse artigo com as palavras de Paul Herman, presidente da John Deere Brasil, que recentemente disse: “Olhar menos televisão, ler menos jornal e acreditar muito mais na nossa competência e capacidade de trabalho para fazer as coisas acontecerem”. Afinal de contas, trigo é trigo, joio é joio.

(*) Sérgio Longen é empresário, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (FIEMS) e conselheiro da Confederação Nacional da Indústria (CNI)

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