"Acabei de vê-lo sair. Ele foi para um local seguro. Espero que compreendam esta informação", disse Kucherena à emissora estatal Rússia 24. "O lugar não será divulgado por razões de segurança, já que é o homem mais procurado do planeta. Ele próprio decidirá para onde irá", disse o advogado à agência AFP, acrescentando que vai apenas assessorar o americano como advogado.
Segundo a agência russa RT, Kucherena acrescentou que Snowden recebeu o asilo temporáro, que lhe permite permanecer e arranjar trabalho na Rússia por um ano, mas que está considerando permanecer mais tempo no país.
Edward Snowden passou mais de um mês na zona de trânsito do aeroporto moscovita de Sheremetievo à espera que as autoridades migratórias russas decidissem sobre seu pedido de refúgio temporário. De acordo com o Wikileaks, Snowden obteve status de refugiado na Rússia.
Em junho, Snowden, ex-funcionário terceirizado do serviço de inteligência dos Estados Unidos, revelou que o governo americano espionava secretamente as comunicações telefônicas e via computador de milhões de pessoas, dentro e fora do país, num caso que provocou indignação internacional.
Ele inicialmente fugiu para Hong Kong, mas deixou este território chinês temendo que as autoridades locais o extraditassem para os Estados Unidos. Snowden chegou ao aeroporto de Moscou em 23 de junho e acreditava-se que seria apenas uma parada até que conseguisse voo para Cuba ou para outro país da América Latina.
Snowden enviou pedido de asilo para vários países do mundo, incluindo o Brasil. Quase todos pedidos foram rejeitados, mas a Venezuela chegou a apresentar a ele uma proposta. O ex-técnico acabou ficando no aeroporto após decidir aceitar o asilo russo, que estipula que ele pode ficar no país desde que não volte a prejudicar interesses dos Estados Unidos.
O caso Snowden tem causado tensão nas relações entre a Rússia e os EUA, que busca a extradição dele para ser julgado por espionagem. Uma autoridade do governo russo disse após Snowden sair do aeroporto que os laços entre os países não serão afetados pelo caso "insignificante".
"Nosso presidente (Vladimir Putin) expressou esperança muitas vezes de que isso não afetará o caráter de nossas relações", disse Yuri Ushakov a repórteres, acrescentando que não há sinal de que o presidente dos EUA, Barack Obama, cancelará uma visita programada a Moscou em setembro.Reportar Erro
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